terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Dicas Botânica.
As relações entre os seres vivos.
Não existe desvantagem para nenhuma das espécies consideradas e há benefício pelo menos para uma delas.
A) RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS ( homotípicas)- são aquelas que ocorrem entre organismos de uma mesma espécie.
I) COLÔNIAS: são constituídas por organismos de uma mesma espécie que se mantêm anatomicamente unidos entre si. A formação das colônias é determinada por um processo repeodutivo assexuado, o brotamento (ou gemulação).
* Colônias homomorfas: Tais colônias são constituídas por indivíduos iguais que realizam as mesmas funções, ou seja, não existe a chamada divisão de trabalho.
ex: colônias de espongiários, de protozoários, de cracas (crustáceos), recifes de corais (celenterados) etc
cracas (colônia homomorfa)
* Colônias heteromorfas: são constituídas por indivíduos morfologicamente diferentes, com funções distintas, caracterizando a chamada divisão de trabalho fisiológico. Quando formadas por dois tipos de organismos, tais colônias são chamadas de dimórficas. Como exemplo, citaremos a Obelia, uma colônia de celenterados, na qual aparecem dois tipos de indivíduos: gastrozóides, para a nutrição, e gonozóides, para a reprodução.
Colônias polimórficas são estruturadas por vários tipos de indivíduos adaptados a distintas funções. Como exemplo clássico aparecem as 'caravelas', complexas colônias de celenterados. Uma caravela apresenta um pneumatófaro, vesícula cheia de gás que funciona como flutuador. Dela partem indivíduos especializados para nutrição (gastrozóides), reprodução (gonozóides), natação (nectazóides) e defesa (dactilozóides).
II) SOCIEDADE: são associações de indivíduos da mesma espécie que não estão unidos, ou seja, ligados anatomicamente, e formam uma organização social que se expressa através do cooperativismo (divisão de trabalho).
Sociedades altamente desenvolvidas são encontradas entre os insetos sociais, representados por cupins, vespas, formigas e abelhas.
B) RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS ( heterotípicas).
São aquelas que ocorrem entre organismos de espécies diferentes.
I) Protocooperação.
Também conhecida como cooperação, trata-se da associação entre duas espécies diferentes na qual ambas se beneficiam; contudo, tal associação não é indispensável à sobrevivência, podendo cada espécie viver isoladamente.
a) caranguejo bernado- eremita e anêmona.
O caranguejo bernado trata-se de um crustáceo marinho que apresenta o abdômen mole e desprotegido de exoesqueleto.
A fim de proteger o abdômen, o bernardo vive no interior de uma concha vazia de um caramujo. Sobre a concha aparecem anêmonas, celenterados (pólipos) providos de tentáculos que eliminam substâncias urticantes. A anêmona é transportada por ele, o que facilita a captura de alimento; em troca, protege, através de seus tentáculos, o crustáceo contra a ação de predadores.
b) Pássaro- palito e crocodilo.
O pássaro-palito penetra na boca dos crocodilos, nutrindo-se de restos alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A vantagem é mútua porque, em troca do alimento, o pássaro livra o crocodilo dos parasitas.
c) Anu e gado.
O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos existentes na pelo do gado, capturando-os diretamente. Em troca, o gado livra-se dos indesejáveis parasitas.
II) Mutualismo: Trata-se de uma associação íntima com beneficiamento mútuo. É mais íntima do que a protocooperação, pois é necessária á sobrevivência das espécies que não podem viver isoladamente.
a) Líquenes: ASSOCIAÇÃO DE FUNGOS E ALGAS (cianobactérias ou clorofíceas)
b) Micorriza: ASSOCIAÇÃO DE FUNGOS E RAÍZES.
c) Bacteriorriza: ASSOCIAÇÃO DE BACTÉRIAS E RAÍZES.
Associação entre as bactérias do gênero Rhizobium e as raízes de leguminosas. Importante para o ciclo do nitrogênio.
d) Cupins e protozoários: Os térmitas ingerem a madeira, mas não conseguem diferir a celulose, pois não possuem a celulase, enzima que a digere. No tubo digestório do cupim, existem protozoários flagelados capazes de realizar tal digestão.
e) Bactérias e ruminantes: na primeira cavidade do estômago dos ruminantes (pança) encontram-se bactérias simbiontes que, por meio da fermentação, degradam a celulose.
III) Comensalismo:
No comensalismo, uma espécie chamada comensal se beneficia, enquanto a outra, chamada hospedeira, não leva nenhuma vantagem.
Um caso típico é a rêmora, ou peixe-piolho, que vive como comensal do tubarão;
IV) Inquilinismo:
É a associação em que uma espécie (inquilino) procura abrigo ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeira), sem prejudicá-la.
a) O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no interior dos pepinos-do-mar, sem prejudicá-los.
b) Epífitas são plantas que crescem sobre os troncos de plantas maiores, sem parasitá-las.
São epífitas as orquídeas e bromélias, que, vivendo sobre árvores, obtém maior suprimento de luz solar.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS.
Caracterizam-se por beneficiar um dos associados e prejudicar o outro.
I) RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS (homotípicas).
b) CANIBALISMO:
Canibal é o indivíduo que mata e come o outro da mesma espécie.
O canibalismo pode ocorrer em ratos, quando existe falta de espaço.
II) RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS (heterotípicas):
a) COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICA:
A competição entre espécies diferentes se estabele quando tais espécies possuem o mesmo habitat e o mesmo nicho ecológico.
b) PREDATISMO:
Predador é o indivíduo que ataca e devora outro, chamado presa, pertencente a espécie diferente.
c) AMENSALISMO:
Amensalismo é um tipo de associação em que uma espécie, chamada amensal, é inibida no crescimento ou na reprodução por substâncias secretadas por uma outra espécie, chamada inibidora.
A relação pode ser exemplificada pelos dinoflagelados causadores da maré-vermelha.
Outro caso é representado pelos fungos (inibidores) que produzem antibióticos, impedindo o desenvolvimento de bactérias (amensais).
d) PARASITISMO:
Neste caso, uma das espécies, chamada parasita, vive na superfície ou no interior de outra, designada hospedeiro. O parasita alimenta-se do hospedeiro, podendo até matá-lo.
Ecologia.
I) Conceito de Ecossistema: conjunto formado por um ambiente físico (abiótico/biótopo) - constituído por fatores químicos ambientais e físicos- e por um abiente vivo (biótico/biocenose).
Os ecossistemas são sistemas EQUILIBRADOS. Assim, por exemplo, um ecossistema consome certa quantidade de gás carbônico e água, enquanto produz um determinado volume de oxigênio e alimento. Qualquer mudança na entrada ou saída desses elementos desequilibra o sistema, alterando a produção de alimento e oxigênio.
BIOSFERA: Conjunto de todos os ecossistemas existentes na Terra.
Conceito da Habitat: termo usado para designar o lugar específico onde o organismo vive, uma espécie de "endereço".
Conceito de Nicho: expressão usada para designar o papel que o organismo exerce no ecossistema, uma espécie de "profissão". A exemplo: hábitos, alimentação, reprodução.
Nicho ecológico é uma característica EXCLUSIVA de cada espécie. Os nichos de duas espécies diferentes podem ser semelhantes, mas NUNCA iguais.
As condições naturais do habitat podem ser reproduzidas; as do nicho nunca. Essa diferenciação tem sudo muito útil, principalmente na manutenção de animais em cativeiro.
Os Níveis de Organização em Ecologia.
POPULAÇÃO: Conjunto de indivíduos da mesma espécie, vivendo juntos no tempo e no espaço.
COMUNIDADE (biocenose): Conjunto de populações de espécies diferentes interdependentes no tempo e no espaço.
II) AS CADEIAS ALIMENTARES.
Cadeia alimentar, ou cadeia trófica, é uma sequência de seres vivos na qual uns comem aqueles que os antecedem na cadeia, antes de serem comidos por aqueles que os seguem. A cadeia mostra a transferência de matéria e energia através de uma série de organismos.
PRODUTORES: O primeiro nível trófica é constituído pelos seres autótrofos, também conhecidos como produtores. São capazes de sintetizar matéria orgânica através de substâncias minerais e fizar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos desse nível são as plantas verdes, as cianofíceas (algas azuis) e algumas bactérias, que devido a presença de pigmentos fotossintetizantes (bacterioclorofilas) são capazes de absorver energia luminosa.
As bactérias quimiossintetizantes não utilizam energia luminosa e nem água no seu processo de obtenção de energia, portanto, não sao consideradas produtores.
CONSUMIDORES PRIMÁRIOS: São os organismos que comem os produtores, denominados herbíoros.
CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS-TERCIÁRIOS...: São os organismos carnívoros.
DECOMPOSITORES: Finalizando a cadeia trófica, aparecem os decompositores, biorredutores ou saprófagos, microorganismos representados por bactérias e fungos. Tais organismos atacam os cadáveres e os excrementos, decompndo-os. São muito importantes, visto que realizam a reciclagem da matéria, devolvendo os elementos químicos ao meio ambiente.
III) TEIAS ALIMENTARES: Em um ecossistema, as cadeias alimentares interagem formando redes alimentares. Na teia, representamos o máximo de relações tróficas existentes entre os diversos seres vivos do ecossistema e observamos que um animal, por exemplo, pode pertencer a níveis tróficos diferentes. É o caso dos onívoros, que consomem simultaneamente animais e vegetais, e dos carnívoros, que atacam variadas presas.
IV) O FLUXO DE ENERGIA NOS SERES VIVOS.
Características do fluxo energético:
A) O Sol é a fonte de energia para os seres vivos
B) A maior quantidade de energia está nos produtores.
C) À medida que nos afastamos do produtor, o nível energético vai diminuindo.
D) A energia que sai dos seres vivos não é reaproveitada.
E) O fluxo energético é unidirecional
1.1. Produtividade primária bruta-
Produtuvidade primária bruta é a quantidade de compostos orgânicos produzidos pelos vegetais fotossintéticos, por unidade de área e tempo.
1.2- Produtividade primária líquida-
É a produtividade primária bruta menos a quantidade de energia consumida pelo vegetal através da respiração.
Em organismos produtores, a energia primária líquida é a diferença entre a energia primária bruta, energia produzida a partir da fotossíntese, e a energia perdida com a respiração. É possível observar, porém, diferenças entre a eficiência dos produtores de ambientes marinhos e produtores de ambientes terrester. Algas, por exemplo, apresentam maior disponibilidade de nutrientes e menor taxa de consumo; já uma floresta tropical apresenta nutrientes limitados e maiores gastos, devido ao seu porte maior em relação às pequenas algas marinhas.
2.1- Produtividade secundária bruta-
É a quantidade de energia obtida pelos consumidores primários ao comerem os produtores.
2.2- Produtividade secundária líquida-
Trata-se da produtividade secundária bruta menos a energia dispendida na respiração dos consumidores primários.
3.1- Produtividade terciária bruta-
É a energia obtida pelo consumidores secundários ao ingerir os consumidores primários.
3.2- Produtividade terciária líquida-
É a produtividade ternciária bruta menos a energia dispendida na respiração dos consumidores secundários.
V) AS PIRÂMIDES ECOLÓGICAS.
São representações gráficas das cadeias alimentares.
A) Pirâmide de números
Como é possível observar, a superposição dos retângulos em uma pirâmide ecológica de número não segue a uma ordem. Assim, uma única árvore pode ser infestada por 300 pulgões, que por sua vez, são infestados por 800 protozoários. Neste caso, a base da pirâmide (representada pelos produtores) ficaria mais fina, enquanto que os retângulos seguintes (consumidores primários e secundários) seriam mais largos.
A pirâmide de números não tem muito valor descritivo porque dá igual importância aos diversos indivíduos, sem considerar o tamanho e o peso.
B) Pirâmide de biomassa (massa orgânica do ecossistema).
A primeira pirâmide representa um caso típico pirâmide de biomassa, já que geralmente a quantidade de matéria orgânica diminui do produtor até o último consumidor.
Porém, há exceções encontradas em ecossistemas marinhos, em que o FITOPLÂNCTON (algas microscópicas) tem uma biomassa INFERIOR á do ZOOPLÂNCTON (animais microscópicos). mas uma velocidade de renovação (reprodução) muito mais rápida.
A pirâmide de biomassas é melhor do que a pirâmide de números por indicar, para cada nível trófico, a quantidade de matéria viva existente. Contudo, tal pirâmide atribiu a mesma importância aos diversos tecidos, embora tenham valores energéticos diferentes; não leva em conta o fator tempo, uma vez que as biomassas podem ter sido acumuladas em alguns dias, como é o caso do fitoplâncton, ou em centenas de anos, como é o caso das florestas.
C) Pirâmide de energia-
A melhor representação da cadeia alimentar é a pirâmide de energia.
Tal pirâmide apresenta SEMPRE o vértice para cima.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Fungos.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas quebram as moléculas orgânicas em moléculas menores, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
Os fungos, ao lado das algas, compõem o grupo dos decompositores e exercem papel importante na reciclagem dos nutrientes. A matéria orgânica por eles decomposta volta ao meio ambiente e pode ser reutilizada pelos vegetais, que são a base da cadeia alimentar.
Apesar da grande importância para a natureza, muitos fungos são responsáveis pelo apodrecimento de frutas, de madeira, de tecidos e podem, também, causar doenças às plantas e aos animais, inclusive aos homens. A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungos, que necrosa as folhas das plantas, deixando pontinhos pretos nos locais onde agiu.
Em muitos casos, os fungos parasitas de plantas possuem hifas especializadas- os haustórios- que penetram no interior da célula vegetal utilizando como meio de entrada os estômatos. Das células das plantas, captam a matéria orgânica para a sua nutrição.
Algumas plantas formam micorrizas naturalmente: tomateiro, morangueiro, macieira e as gramíneas em geral.
As micorrizas são muito frequentes, também, em plantas típicas de ambientes com o solo pobre de nutrientes, como o cerrado brasileiro. Nesse caso, as micorrizas significam um importante fator de adaptação, melhorando as condições de nutrição das plantas.
Certos grupos de fungos podem estabelecer relações mutualísticas com as cianobactérias ou com as algas verdes (cianofíceas), dando origem a organismos denominados líquenes.
ECONOMIA.
Muitos fungos são aeróbios, isto é, realizam respiração, outros, porém, são anaeróbios e realizam fermentação.
Alguns fungos que realizam fermentação são utilizados no precesso de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos o fungo utilizado pertecene à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açúcar em alcool etílico e gás carbônico (fermentação alcoólica), na ausência de oxigênio. Na presença de oxigênio, realizam respiração. São, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Alguns fungos são usados na indústria de laticínios, empregados, por exemplo, na fabricação do queijo Camembert e Roquefort.
Algumas espécies de fungos são utilizados diretamente como alimento pelo homem. É o caso do popular champignon ou cogumelo, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS.
As micozes são doenças causadas por fungos. As mais comuns aparecem na pele, podendo se manisfestar em qualquer parte do corpo.
As micoses podem afetar também as mucosas, como a da boca. É o caso do sapinho, muito comum em crianças.
Existem também fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador do histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.
Os fungos podem ser unicelulares, como é o caso do Saccharomyces, ou pluricelulares.
Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferenciam dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: o CORPO DE FRUTIFICAÇÃO (formado a partir do micélio reprodutivo), responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais- os esporos; e o MICÉLIO, constituído por uma trama de filamentos, em que cada filamento é denominado HIFA.
Na maioria dos fungos a parede celular é complexa e revestida de quitina, a mesma substância do exoesqueleto dos artrópodos.
A carboidrato de reserva da maioria dos fungos é o GLICOGÊNIO, do mesmo modo que acontence com os animais.
REPRODUÇÃO NOS FUNGOS.
reprodução assexuada:
FRAGMENTAÇÃO: É a maneira mais simples de reprodução nos fungos. Um micélio se fragmenta, originando novos micélios.
BROTAMENTO: As leveduras do gênero Sccharomyces cerevisae se reproduzem pro brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) podem se destacar do genitor, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.
ESPORULAÇÃO: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação, produzem em abundância, por mitose, esporos, células leves, que são espalhadas pelo meio. Cada esporo é capaz de, ao cair em um ambiente propício, gerar, sozinho, um novo bolor, mofo etc.
Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são denominados zoosporos.
reprodução sexuada.
Em certos fungos aquáticos há a produção de esporos flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos.
Nos fungos terrestres, a reprodução sexuada se inicia com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia ( fusão de citoplasmas). Os núcleos haplóides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica n+n)
Posteriormente a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Os Líquenes
Os líquenes são vegetais pioneiros, muito resistentes, que vivem sobre rochas, troncos de árvores etc. Quando vivem sobre rochas, produzem ácidos que promovem a sua decomposição, preparando o solo para a vinda de outros vegetais.
A reprodução destes seres é feita assexuadamente, por meio de SORÉDIOS ou PROPÁGULOS, que são verdadeiros fragmentos do corpo do líquen, constituídos por hifas do fungo que envolvem algumas células da alga.
Os sorédios são transportados pelo vento e originam novos líquenes, quando caem em ambientes favoráveis.
Os líquenes, são capazes de sobreviver em diferentes habitats e são muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o dióxido de enxofre, sendo, por isso, úteis como indicadores da poluição do ar atmosférico.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Reino Protista- Protozoários.
a) RIZÓPODOS ou SARCODÍNEOS - movimentam-se por emissão de pseudópodos.
b) FLAGELADOS ou MASTIGÓFOROS- apresentam locomoção por batimento de flagelos.
c) CILIADOS- locomoção por cílios.
d) ESPOROZOÁRIOS - não se movimentam e são todos parasitas.
1- RIZÓPODOS ou SARCODÍNEOS.
São unicelulares que se locomovem e alimentam-se por emissão de pseudópodos. São encontrados na água doce (possuem vacúolos pulsáteis) e salgada e alguns são parasitas. São organismos amebiformes, conhecidos genericamente por amebas. A reprodução assexuada é por divisão mitótica da célula (bipartição ou cissiparidade). Na reprodução sexuada a célula, que é diplóide, divide-se por meiose e forma gametas. Estes se unem formando um zigoto que se desenvolve para formar a nova célula.
SARCODÍNEO PARASITA: Entamoeba histolytica
O agente etiológico Entamoeba histolytica é o causador da doença conhecida por AMEBÍASE. Ele se instala no INTESTINO GROSSO e é responsável pela disenteria amebiana, diarréia com fezes ricas em mico e às vezes com sangue, não ocorrendo febre. Podem ocorrer cólicas e vontade frequente de evacuar, mesmo que saiam poucas fezes ou somente muco ou nada seja eliminado. Em casos extremos as amebas atavam o fígado.
O parasita apresenta duas formas:
ATIVA chamada TROFOZOÍTO e outra usada como meio de TRANSMISSÃO, o CISTO eliminado com as fezes do hospedeiro.
O diagnóstico desta protozoose é feito pela identificação, nas fezes do hospedeiro, das formas trofozoítos e cistos.
A trasmissão se dá pela água contaminada com cistos de pessoas infectadas e também pela ingestão de verduras, frutas e outros alimentos contaminados, ou através de moscas.
A profilaxia consiste em proteção dos mananciais contra a contaminação por fezes, adição de cloro e uso de filtros, educação sanitária da população e proteção dos alimentos contra o pouso de insetos.
O ENCISTAMENTO consiste em desidratação do citiplasma, divisão do núcleo e formação de uma membrana resistente capaz de conferir ao cisto resistência contra o dessecamento, variação de temperatura, substâncias químicas, anticorpos do hospedeiro etc. Quando as condições voltam a ser favoráveis, as membranas císticas são desfeitas e o organismo volta à atividade.
2- FLAGELADOS ou MASTIGÓFOROS.
São protozoários que se movimentam por meio de flagelos, são de vida livre, alguns são parasitas e outros são simbiontes, como os representantes do gênero Trichonympha que vivem nos tratos digestórios dos cupins (térmitas), onde promovem a digestão da madeira ingerida por seus hospedeiros.
FLAGELADOS PARASITAS.
I- GIARDÍSE. Agente Etiológico: Giardia intestinalis
A giárdia é um parasita do INTESTINO DELGADO, provocando a giardíase, infecção que se caracteriza por diarréia com fezes amareladas, malcheirosas e espumosas. A diarréia pode ser crônica. Ocorrem cólicas intestinais e barriga inchada devido à formação de gases.
A tramissão é por ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasita.
A profilaxia é realizada com saneamento básico, higiene pessoal e alimentar e tratamento das pessoas infectadas.
II- TRICOMANÍASE. Agente Etiológico: Trichomonas vaginalis
Parasita responsável pela tricomaníase, doença que se caracteriza no homem por uretrite com secreção purulenta e dor durante a micção e na mulher por vaginite, leucorréia e intenso prurido.
A tramissão é feita por contato sexul e pelo contágio direto pela água, toalhas, roupas etc.
Profilaxia: tratamento precoce das pessoas infectadas, uso de proteção durante o ato sexual, higiene pessoal e esterilização de toalhas e roupas.
III- DOENÇA DE CHAGAS. Agente Etilógico: Trypanosoma cruzi
Possui um único flagelo qye acompanha o bordo livre da membrana ondulante.
O flagelado é o responsável pelo Mal de Chagas, que se instala no TECIDO CONJUNTIVO e nas FIBRAS MUSCULARES, especialmente no coração. Há a fase crônica na qual o parasita provoca lesão do miocárdio com dilatação do coração, alteração do ritmo cardíaco e hipotensão. Ocorrem também complicações do trato digestório. O indivíduo morre lenta ou subitamente.
A trasmissão é feita pelas fezes de insetos hemípteros (percevejos) pertencentes aos gêneros Triatoma, conhecidos popularmente por "barbeiros" ou "chupanças". Esses insetos vivem em habitações primitivas, feitas de barro e cobertas por sapé, chamadas de casas de "pau-a-pique", onde as paredes deixam frestas que servem de esconderijos para esses animais. São de hábito noturno.
A entrada do tripanosoma ocorre pela região da picada durante o ato de coçar. A penetração tambémpode ocorrer pela conjuntiva, amanhecendo o indivíduo com o olho inchado, sintoma conhecido como sinal de Romaña.
profilaxia: combate ao agente vetor, melhoria das habitações, uso de mosquiteiros nos locais contaminados e higiene doméstica.
IV- DOENÇA DO SONO. Agente Etiológico: Trypanosoma brusei gambiensis
Agente vetor: mosca hematófaga Tsé-Tsé.
V- LEISHMANIOSE CUTÂNEA MUCOSA. Agente Etiológico: Leishmania brasiliensis.
Este protozoário parasita dois hospedeiros: homem e mosquito.
No homem apresenta a forma leishmânia e no mosquito a forma flagelada chamada leptomona. É responsável pela leishmaniose cutânea-mucosa, que provoca lesões ulcerosas na pela, conhecida em São Paulo por úlcera-de-Bauru.
Agente vetor: mosquito-palha, corcundinha ou Birigüi.
VI- LEISHMANIOSE CUTÂNEA. Agente Etiológico: Leishmania tropica.
Responsável pela leishmaniose cutênea (botão do oriente), doença que provoca lesões no tecido cutâneo.
Agente vetor: mosquito-palha.
3- CILIADOS
Apresentam locomoção por meio de batimento de cílios. São de água doce e marinhos, a maioria de vida livre. Existe apenas um parasita do homem: o Balantidium coli. Este ciliado é parasita do intestino grosso provocando diarréias. A trasmissão é feita pela ingestão de água, verduras e outros alimentos contaminados com os custos do parasita.
Vida livre: Paramécios.
O paramécio vive em água doce, apresentam, portanto, vacúolos pulsáteis.
Citóstoma: abertura bucal que permite a ingestão de partículas alimentares.
4- ESPOROZOÁRIOS.
Não se locomovem e são todos parasitas, multiplicam-se por divisão múltipla formando muitas células conhecidas por esporos.
MALÁRIA, MALEITA, IMPALUDISMO, FEBRE-INTERMITENTE. Agente Etiológico: Plasmodium sp.
Agente vetor: MOSQUITO PREGO, gênero Anopheles
CICLO EVOLUTIVO DO PLASMODIUM
O ciclo realiza-se no mosquito que representa o seu hospedeiro definitivo e no homem que é o hospedeiro intermediário.
CICLO NO MOSQUITO. (hospedeiro definitivo)
No mosquito anofelino ocorre o ciclo sexuado, pois ao ocorre a fecundação e também a esporogonia ou esporulação com a formação das formas infectantes denominadas esporozoítos.
CICLO NO HOMEM. (hospedeiro intermediário)
Aqui ocorre o ciclo assexuado ou esquizogônico. O mosquito ao picar o homem injeta a saliva contendo substâncias anestesiantes e anticoagulantes, inoculando também os esporozoítos.
FASE EXOERITROCÍTICA (Pré- eritrocitária): os esporozoítos caem na circulação sanguínea, atingem o fígado e penetram nos hepatócitos. No interior dessas células hepáticas multiplicam-se por esquizogonia, dando origem aos MEROZOÍTOS, os quais, rompendo os hepatócitos, invadem novas células hepáticas, reiniciando o ciclo. Esta fase dura em torno de 12 dias.
FASE ERITROCÍTICA: ocorre no interior das hemácias. Os MEROZOÍTOS caem na circulação sanguínea e invadem as hemácias (eritrócitos), onde se multiplicam por esquizogonia formando novos merozoítos que, rompendo as células sanguíneas, livram-se, invadem novas hemácias e assim sucessivamente.
Acesso febril: apresenta quatro estágios.
* Os acessos febris coincidem com a roptura das hemácias.
Estágio frio: com duração de 15 minutos a 2 horas. O indivíduo sente muito frio, apresenta tremores, eriçamento dos pêlos, dentes rangendo. Além do frio, apresenta dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Estágio de calor: à medida que a sensação de frio diminui, o doente passa a sentir calor. A temperatura pode chegar a 4o ou 41º C.
Estágio de sudorese: o paciente passa a suar abundantemente, a temperatura do corpo cai e entra em sono.
Estágio sem febre.
As espécies de Plasmódios.
Plasmodium vivax: ciclo eritrocítico de 48 horas. Causa a febre terçã benigna.
Plasmodium falciparum: ciclo eritrocítico irregular de 36 a 40 horas. Causa a febre terçã maligna..
Plasmodium malariae: ciclo eritrocítico de 72 horas. Causa a febre quatã.
Profilaxia: eliminação dos focos do mosquito anofelino com inseticidas ou com controle biológico. Nas áreas onde a malária é endêmica, as habitações devem ser protegidas por telas nas janelas e portas e as camas por mosquiteiros. Uso de repelentes de insetos.
II) TOXOPLASMOSE. Agente Etiológio: Toxoplasma gondii
A toxoplasmose é uma doença transmitida pela ingestão de cistos do protozoário esporozoário Toxoplasma gondii, eliminados pelas fezes de gato.
Reino Protista.
A) PIRROFÍCEAS
Suas células são formadas por placas de celulose impregnadas por CaCO3. Vivem no plâncton e algumas espécies são responsáveis pelo fenômeno da "maré vermelha".
O fenômero "maré vermelha" enquadra-se junto aos fenômenos resultantes da EUTROFIZAÇÃO.
A eutrofização é um processo natural que, por ação humana, torna-se acelerado.
Os ambientes lacustres são componentes temporários na paisagem. Na verdade, são depressões no terreno que foram preenchidas por água e, ao longo do tempo, serão preenchidas com sedimentos provenientes do ambiente terrestre. Além do fluxo de sedimentos, existe um fluxo de nutrientes, principalmente nitrogênio (N) e fósforo (P), que promovem o aumento da produtividade do lago. Esse processo, eutrofização, envolve a passagem do estado OLIGOTRÓFICO (baixa produtividade), para MESOTRÓFICO (média produtividade) e por fim para HIPEROTRÓFICO ou EUTRÓFICO (alta produtividade). A eutrofização ao longo do tempo caracteriza o envelhecimento do lago e é considerado como eutrofização natural.
Atualmente, a alteração do uso do solo na bacia de drenagem dos ecossistemas aquáticos, tem acelerado esse processo. Remoção da vegetação nativa, agricultura (agrotóxicos), pecuária, urbanização e lançamento de efluentes domésticos (esgoto) e industriais são fatores que aumentam quantidade de nutrientes nas águas lacustres. Como consequência, o processo de envelhecimento do lago é acelerado, causando alterações indesejáveis no ambiente aquático, como a FLORAÇÃO de algas nocivas capazes de produzir toxinas e o rápido assoreamento. Esse processo é conhecido como eutrofização artificial.
A eutrofização ocorre também em águas marinhas, sendo, quem sabe, mais prejudicial, já que as toxinas produzidas pelas algas pode matar animais marinhos ou contaminá-los, podendo, ao longo da cadeia alimentar, contaminar também os seres humanos.
O processo de eutrofização não se limita ao acúmulo de nutrientes e na floração de algas toxicas. Ao longo do tempo, esse aumento de biomassa resulta na diminuição de oxigênio, ocasionando a morte de animais marinhos e por fim, no aumento de organismos anaeróbios obrigatórios ou facultativos.
D.B.O. significa Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou seja, é a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. Quanto menor o nível do DBO, menos poluente é o efluente.
B) CRISOFÍCEAS.
São seres planctônicos, unicelulares, isolados ou coloniais. A celúla é protegida por uma carapaça de sílica (SiO2). São importantes produtores do plâncton.
C) EUGLENOFÍCEAS.
Seres unicelulares, sendo a maioria de água doce. O gênero mais conhecido é EUGLENA. Os cloroplastos possuem clorofilas a e b, o que ocorre tambpem nos vegetais terrestres; a reserva é o PARAMILO, polissacarídeo exclusivo das euglenas. Eliminam o excesso de água dao interior das células por meio das contrações dos vacúolas pulsáteis.
D) CLOROFÍCEAS (algas verdes).
E) FEOFÍCEAS (algas pardas) .
São pluricelulares, com o corpo organizado num esboço de raiz (rizóides), caule ( caulóides) e folha (filóides). O corpo é revestido por uma mucilagem chamada ALGINA. Essa mucilagem é extraída das algas pardas e utilizada na fabricação de sorvetes, caramelos e cosméticos. Vivem fixas no fundo (bentônicas).
F) RODOFÍCEAS (algas vermelhas).
São pluricelulares, principalmente marinhas, fixando-se no fundo. As algas vermlehas podem forncer uma mucilagem chamada ÁGAR, utilizada como meio de cultura para bactérias e na indústria farmacêutica, na preparação de laxantes.
Algumas espécies revestem-se de CaCO3, tornam-se rígidas e fazem parte da formação dos recifes de corais (animais celenterados).
Reino Monera.
Todos os seres são procariontes, portanto não apresentam envoltório nuclear (carioteca) e nem organelas citoplasmáticas membranosas, ou seja, apresentam apenas ribossomos, que não apresentam membranas.
A clorofila existe em algumas espécies de bactérias (bacterioclorofilas).
Aém da clorofila, as cionofíceas possuem ficocianina na parte periférica do citoplasma.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Transporte de Seiva Elaborada.
A produção de glicose pelos parênquimas clorofilianos resulta no aumento da pressão osmótica. A água que entra nas células parenquimáticas levaria consigo os produtos orgânicos, transportando-os através do floema até onde a pressão seja menor, nos órgãos de reserva e nos tecidos em atividade. Esse processo é conhecido por Teoria de Munch.
Charge- África e China
China e África: a política de Pequim para o continente africano
Os prognósticos apocalípticos anunciados no ano passado pelos organismos internacionais de crédito, com respeito aos efeitos que a crise internacional causaria na África não se cumpriram. Tanto o FMI como o Banco Mundial prediziam com certa lógica que a paralisação do comércio mundial e dos créditos financeiros afetaria o continente.
O que se poderia esperar de um continente que apresenta a triste imagem do único continente onde os indicadores econômicos, sanitários e sociais se deterioram sistematicamente? Dos 49 países menos avançados no mundo, 34 são subsaarianos. Além disso, há de se considerar a crônica instabilidade política das cinco últimas décadas com um saldo de mais de sete milhões de mortos e mais de 10 milhões de refugiados fugindo de 32 conflitos armados. Para agravar o quadro, 70% das pessoas infectadas pela AIDS no mundo se encontram na África.
Apesar dos dados apresentados não serem sedutores, é possível identificar paises que deliberadamente decidiram “apostar” no continente africano. O que se percebe é que a economia africana está se erguendo e em estado crescente. E foi precisamente à China que entendeu que vale à pena “remar contra a maré”.
A penetração chinesa na África em busca de recursos naturais que consolidem seu grande crescimento deu um grande salto a partir de 2005, quando do nada desembarcaram no continente aproximadamente 1.000 empresas e centenas de milhares de trabalhadores.
Pode-se dizer que a crise econômica mundial dos dois últimos anos acelerou a conquista chinesa na África subsaariana. Aproveitando a falta de visão e iniciativa ocidental, onde as empresas se colocam na defensiva e tratam de conter o gasto, Pequim disponibilizou mais de 60 bilhões de dólares em apenas seis meses para controlar o acesso a matérias primas e competir diretamente com grandes multinacionais como Exxon Mobil e Shell.
Dessa forma a China utiliza a crise para dar um grande salto para frente e deverá crescer este ano com uma taxa acima de 8%. O governo chinês tem claramente a intenção de fortalecer suas bases na África e assim, aumentar a sua produção de petróleo a nível mundial.
Pelo que se observa, a China pretende conquistar também os feudos ocidentais: em apenas seis meses adquiriu a petroleira suíça Addax Petroleum, que controla poços na Nigéria, Gabão e Camarões; Pequim apresentou um projeto para construir um oleoduto no Quênia, que permitirá extrair o petróleo do Sudão; adquiriu direitos sobre o petróleo e urânio em Níger; discute uma parceria com a britânica Tullow Oil para a exploração da bacia petrolífera descoberta no Lago Alberto, já em Uganda, iniciou novas explorações de cobre em Zâmbia.
Há, entretanto, duas apostas mais espetaculares para a China: obter permissão de exploração na Nigéria (o quinto fornecedor de petróleo dos Estados Unidos) controladas até agora por Shell, ExxonMobil e Chevron numa operação em torno de 30 bilhões de dólares. A outra cartada é Gana, onde Pequim tenta conseguir junto às autoridades locais um acordo que permita a exploração de uma grande bacia petrolífera pela estatal chinesa CNOOC.
É importante suscitar também que o déficit energético da China tende a acentuar-se ainda mais nos próximos anos, se mantido seu ritmo de crescimento. Ainda que sua principal fonte de energia seja o carvão, em apenas uma década, seu consumo de petróleo aumentou de 4,2 a 8 milhões de barris diários, transformando o gigante asiático no segundo consumidor mundial. E as estimativas são de que em 2015 serão necessários 11 milhões de barris diariamente para suprir as necessidades do país.
Atualmente, dos dez principais fornecedores de petróleo da China, quatro se encontram no continente africano: Angola (terceiro, atrás da Arábia Saudita e Iran), Sudão (6º), Congo-Brazzaville (8º) e Líbia (10º). Dessa forma, a África já contribui com quase 30% do petróleo importado pela China.
A nova fase do investimento chinês na África se integra numa onda global de aquisição de energia e recursos naturais e embora haja senões por parte de algumas nações, – especialmente os Estados Unidos -, de que os negócios feitos pela China muitas vezes são duvidosos, Pequim é um “sócio” realmente muito desejado por muitos países.
Em tempo: até o futebol passou a ser um motivo de interesse de investimento chinês na África. A empresa Yingli Green Energy, um dos maiores fabricantes mundial de placas solares, assinou um contrato com a FIFA, tornando-se o sétimo patrocinador do Mundial de Futebol na África do Sul.
Hormônios Vegetais.
PRODUÇÃO DO AIA.
O vegetal produz hormônios em várias regiões do corpo, especialmente:
- ponta do caule (gema apical)
- folhas jovens e adultas
- ponta da raiz
- frutos
- ponta de coleóptilos
- embriões de sementes
Os maiores centros produtores de AIA no vegetal são o PONTO VEGETATIVO CAULINAR e as FOLHAS JOVENS. O AIA produzido nestas regiçoes é transportado para outras partes do vegetal, ajudando na coordenação do crescimento de toda a planta.
TRANSPORTE DE AIA
O deslocamento desta auxina no corpo do vegetal é POLARIZADO, isto é, desloca-se do ápice para a base da planta.
AÇÃO DAS AUXINAS
I) Células: de um modo geral, o AIA aumenta a plasticidade da parede celular, facilitando a distensão da célula.
O AIA influencia também a multiplicação celular.
II) Caule: O AIA pode agir como estimulador ou inibidor de distensão celular, dependendo da concentração
III) Raiz: O AIA pode agir como estimulador ou inibidor de distensão celular, dependendo da concentração.
Pelo gráfico é possível concluir que baixas concentrações de AIA não são capazes de promover a distensão celular do caule, porém é suficiente para o crescimento da raíz. Já, altas concentrações de AIA inibem o crescimento da raiz, mas estimulam o crescimento do caule.
Para o máximo crescimento do caule, a concentração de AIA deve ser bastante alta.
IV) Gemas laterais: O AIA produzido das gemas apicais desloca-se polarizado para a base. As gemas laterais, recebendo este hormônio, ficam inibidas no seu desenvolvimento. Dizemos que o AIA produzido na gema apical promove a DORMÊNCIA das gemas laterais, fenômeno conhecido por DOMINÂNCIA APICAL.
A poda de uma planta consiste no corte da gema apical. Desta maneira, cessa a inibição, provocando o brotamento das gemas laterais e, consequentemente, a planta apresentará mais ramos, folhas, flores e frutos.
V) Folhas: O AIA controla a permanência da folha no caule e a sua queda (abscisão). De um modo geral, o fenômeno é controlado pelo teor relativo de auxinas entre a folha e o caule.
a) O teor de auxina na folha é MAIOR que no caule: folha permanece unida ao caule.
b) O teor de auxina na folha é MENOR que no caule: a folha se destaca e cai (abscisão). Quando tal fato acontece, forma-se na base do pecíolo uma camada especial de células (camada de abscisão), onde as células apresentam paredes celulares finas e em desintegração. Esta camada é a responsável pela separação da folha do caule.
VI) Frutos:
O fruto origina-se a partir do desenvolvimento do OVÁRIO. Para isso, é necessário dois processos: polinização e fecundação. Isso porque, foi provado que o tubo polínico e o embrião da semente em desenvolvimento produzem AIA, que será recebido pela parede do ovário, estmulando seu crescimento.
Ovários que não são polinizados, normalmente, caem, não originando frutos.
Porém, existem aqueles frutos denominados partenocápicos, frutos sem sementes, já que o ovário se desenvolveu sem a fecundação. Neste caso, os ovários dos frutos partenocárpicos produzem AIA em quantidade suficiente para provocar o seu desenvolvimento sem fecundação.
O AIA controla também a permanência do fruto no caule ou a sua queda (abscisão), da mesma maneira como ocorre com as folhas
a) O teor de AIA é MAIOR no fruto do que no caule: permanência do fruto no caule.
b) O teor de AIA é MENOR no fruto do que no caule: queda do fruto (abscisão).
VII) Câmbio: o AIA estimula a atividade das células do câmbio.
APLICAÇÃO ARTIFICIAL DE AUXINAS.
A) Estacas.
Quando as auxinas são aplicadas na porção inferior de uma estaca (caule cortado), estimulam as divisões celulares e a produção de raízes adventícias. Tal fato é muito comum em horticultura. Plantas que dificilmente se propagariam por estcas podem facilmente enraizar quando tratadas com auxinas.
B) Flores.
Aplicadas no ovário ou no estigma de flores não- fecundadas, as auxinas estimulam o desenvolvimento do ovário para a formaçaõ de frutos partenocarpicos.
C) Frutos.
O AIA, aplicado em frutos jovens, evita a formação da camada de abscisão. Desta maneira, pode-se obter melhor rendimento nas colheitas.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Botânica- Dicas
II) Sob o ponto de vista anatômico, a madeira corresponde ao xilema secundário.
III)
IV)
a- A lignina é de ampla ocorrência nas plantas vasculares e se relaciona principalmente à sustentação.
b- A cutina está associada aos tecidos de revestimento, sendo depositada na superfície da parede celular da face externa da célula.
c) A suberina está relacionada à restrição da perda de água e pode ser encontrada em peridermes e em estrias de Caspary da endoderme.
V) Embora não sejam essenciais como nutrientes, as fibras têm papel importante na dieta. Elas estimulam os movimentos peristálticos, reduzindo o tempo de contato de substâncias potencialmente prejudiciais no intestino, evitando assim muitos distúrbios como diverticulose e prisão de ventre. A sua deficiência na dieta pode causar também problemas mais graves como doenças coronarianas, câncer no intestino e obesidade. As fibras alimentares são substâncias filamentosas curtas ou longas, derivadas de polissacarídeos que formam a molécula de CELULOSE. Essas estruturas, sintetizadas pelos vegetais, compõem essencialmente a parede celular das células vegetais, com primordial funcão de resistência ao vegetal contra a ação da força de turgor.
Um tecido vegetal rico em fibras é o colênquima.
Além de importante na dieta alimentar, as fibras apresentam importância econômica na fabricação de papel.
VI) Caminho feito pela água do solo até o xilema:
solo --> pêlos absorventes --> epiderme --> parênquima cortiçal --> endoderme --> periciclo
--> xilema
sábado, 27 de novembro de 2010
Botânica- Transpiração.
A principal estrutura celular responsável por regular a transpiração (eliminação de água na forma de vapor) são os estômatos. São constituídos por duas células-guarda (ou células estômáticas), que delimitam a abertura do estômato, o ostíolo, duas células anexas (ou companheiras ou subsidiárias), que envolvem as células-guarda e uma câmara subestomática.
O mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos envolve vários fatores.
- O espessamento da parede das células-guarda voltada para o ostílo é maior que a parede oposta, delgada. Essa diferença na espessura permite o movimento de abrir e fechar das células.
- As células- guarda possuem cloroplastos, portanto, realizam fotossíntese. À luz do dia ocorre fotossíntese e o dióxido de carbono proveniente da atmosfera é consumido durante a reação. Ao redor da planta, portanto, o ambiente torna-se ligeiramente alcalino, permitindo que a enzima fosfolirase transforme o amido em glicose. Por ser mais solúvel, a glicose aumenta a pressão osmótica das células-estomáticas, que absorvem água por osmose das células companheiras, aumentando a sua turgescência e abrindo. Durante a noite, há maior liberação de dióxido de carbono do que o seu consumo, tornando o ambiente em torno da planta ligeiramente ácido. Sob esse pH, a enzima fosfolirase transforma a glicose em amido, que por não ser muito solúvel, diminui a pressão osmótica das células-guarda, diminuindo a sua turgescência e determinando o fechamento do estômato.
- Além do mecanismo de transformação do amido em glicose e vice-e-versa, o transporte ativo de íons POTÁSSIO das células companheiras para a células-guarda também aumenta a turgescência das células estomáticas, permitindo a sua abertura. O desequilíbrio de cargas é compensando pelo movimento de íons cloro.
Em suma, para explicar o mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos basta dizer que:
Quando as células-guardas recebem luz, há ingresso de íons potássio, aumentando a pressão osmótica. As células estomáticas ganham água por osmose ficando túrgidas e o estômato abre. No escuro, os íons potássio abandonam as células-guarda que, menos concentradas, perdem água por osmose, ficam flácidas e o estômato fecha.
Plantas aquáticas totalmente submersas não apresentam estômatos e plantas aquáticas flutuantes apresentam estômatos apenas na epiderme superior.
TEORIA DE SUCÇÃO DE DIXON.
A transpiração estomática está intimamente relacionada ao transporte de seiva inorgânica pelo xilema. A transpiração eleva a pressão osmótica das células foliares que passam a sugar água dos vasos do xilema. Sujeita a essa força de sucção, a água circula, numa coluna contínua, da raiz até as folhas. Nas raízes, os vasos xilemáticos retiram água das células que estão ao seu redor. A água passa de célula para célula até que, finalmente, é absorvida do solo.
Segundo a Teoria de Dixon, a coluna líquida, no interior dos vasos condutores, se mantém contínua, não ocorrendo quebras. A continuidade da coluna líquida é mantida pela força de coesão, que unem as moléculas de água entre si, e pelas forças de adesão, que unem as moléculas de água às paredes dos vasos do xilema.
Além da força de sucção, resultado direto da transpiração, existem outros dois fatores que auxiliam no transporte de água ao longo do xilema de plantas traqueófitas. São eles: capilaridade e pressão positiva da raiz.
A capilaridade refere-se ao fenômeno físico de movimento da água por um tubo fino e de extremidade aberta, apenas pelo seu contato com as paredes do tudo. O segundo refere-se ao transporte ativo de íons pela raíz, que a torna hipertônica, resultando em uma pressão osmótica positiva.
Além do transporte de água, a pressão positiva da raiz também explica a exsudação e a gutação. A exsudação consiste na saída de água quando há corte do caule e gutação, na eliminação de água em estado liquido através dos hidatódios.
Sais mineirais
Aparecem na composição da célula sob duas formas básicas: imobilizada e dissociada. Apresentam-se sob a forma imobilizada como componentes de estruturas esqueléticas (casca de ovos, ossos, etc). Sob forma dissociada ou ionizada aparecem da seguinte forma:
1) Cálcio: Componente dos ossos e dos dentes. Ativador de certas enzimas. Por exemplo: enzimas da coagulação.
2) Magnésio: Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto, à fotossíntese.
Ferro: Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de oxigênio. Componente de substâncias importantes na respiração e na fotossíntese ( citicromos e ferrodoxina).
3) Sódio: Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio,que tende a penetrar por difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o potássio.
4) Potássio: É mais abundante dentro das células que fora delas. Por transporte ativo, a membrana plasmática absorve o potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos fenômenos elétricos que ocorrem na membrana plasmática, na contração muscular e na condução nervosa.
5) Fosfato: Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares. É parte integrante do DNA e RNA, no código genético.
6) Cloro: Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos).
7) Iodo: Entra na formação de hormônios tireoidianos.
Botânica -10 Dicas.
I) A variação do tamanho das folhas está ligado a diversos fatores, como exemplo da idade: quanto mais velha a folha maior será seu tamanho, até que atinge o tamanho máximo. Outros fatores são: - Luminosidade: quanto menor a luminosidade, menor será o tamanho da folha. A luz solar é de extrema importância para o vegetal, pois a energia luminosa será convertida, através da fotossíntese, em energia química, formando os carboidratos. Por isso, a falta de luminosidade acarretará num tamanho menor da folha, para que a captação de luz seja a máxima possível. - Disponibilidade de água: quando maior a trugescência celular, maior será a superficíe de transpiração do vegetal (a folha). Por isso, as plantas xerófitas converteram, ao longo de várias mutações, suas folhas em espinhos, evitando a perda excessiva de água por meio da transpiração.
II) Plantas iluminadas por uma fonte de luz VERMELHA ou AZUL produzem mais oxigênio do que aquelas iluminadas por fonte de luz VERDE ou AMARELA (cores refletidas). Porém, plantas iluminadas com luz BRANCA produzem mais oxigênio do que outra iluminada por luz monocromática, pois ela apresenta todas as cores.
III) Muitas vezes percebe-se que as BATATAS sofrem uma mudança de cor quando são expostas a MUITA LUMINOSIDADE durante vários dias, passando a ter uma coloração esverdeada. Esse fato deve-se ao aparecimento CLOROPLASTOS, que se desenvolveram a partir de LEUCOPLASTOS, organelas com função de reserva de amido existentes nas células de batata.
IV) O IODO pode ser utilizado em experiências para comprovar a produção de carboidratos através da fotossíntese. Uma folha de uma planta em contato com solução de iodo pode ter sua cor mudada para o azul, pois o iodo reage com o amido provocando essa alteração.
V) Existe uma diferenção entre CATABOLISMO e ANABOLISMO. Catobolismo é a quebra de substâncias complexas em outras mais simples e anabolismo e a síntese se substâncias a partir de outras. Portanto, a respiração, além de ser um processo exotérmico (pois libera energia na forma de ATP), é um processo catabólico, pois resulta na quebra da glicose em CO2 e H2O. Já a fotossíntese é um processo anabólico, pois é responsável pela síntese de glicose a partir do CO2 e da H2O.
VI) A velocidade de reação da fotossíntese varia de acordo com a intensidade da luz. A produção de oxigênio aumenta com a intensificação da luz até que torna-se constante. Em contrapartida, a velocidade de reação da respiração é constante nos vegetais, NÃO variando com a intensidade da luz.
VII) O "peso seco" (massa seca) nos fornece uma indicação indireta da fotossíntese, por meio da qual há produção de matéria orgânica que pode ser incorporada à massa do vegetal.
VIII) MESÓFILO é o nome dado ao conjunto de tecidos parenquimáticos das células vegetais.
IX) As LENTICELAS são estruturas presentes no caule das plantas, constituídas por tecido morto (suberinizada) e permitem as trocas gasosas com o meio externo. Apresentam, portanto, função semelhante aos estômatos, presentes na epiderme das folhas e em outras partes do vegetal e aos pneumatódios, presentes em raízes respiratórias de plantas de mangue.
X) A raiz apresenta no ápice a coifa, um capuz de células que reveste e protege o meristema apical. Logo acima tem a zona lisa formada por células embrionárias indiferenciadas responsáveis pelo crescimento da raiz. Acima da zona de crescimento, encontra-se a zona pelífera, células epidérmicas dotadas de pêlos absorventes, responsáveis pela absorção de grande parte de água e sais minerais do solo.
Rota Histórica- Revolução Francesa (1789-1799)
A Europa insular, Inglaterra, vivia em plena Revolução Industrial. O parlamentarismo, vencedor da Revolução Puritana e Gloriosa, vigorava. Enquanto isso, na Europa continental, a crise do antigo regime iniciava-se. Sob influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos, aquilo que se tornaria a Revolução Francesa tomava forma.
A revolução que teve como epicentro a França, surtiu efeito em praticamente toda a Europa e também influenciou as revoltas da caráter separatista no Brasil, como a Inconfidência Mineira.
Os motivos da Revolução Francesa são claros:
- Excessiva centralização política, em que o poder do rei Luís XVI valia-se do Direito Divino e da estrutura política herdada do seu antecessor (sem Congresso/ sem Assembleia). A expressão "O Estado sou eu" caracteriza bem o despotismo.
- Privilégios exagerados ao clero e à nobreza.
- Manutenção de regras econômicas medievais - na zona URBANA ainda prevalecia as oficinas e na zona RURAL, a servidão.
- Alto custo para manter o Estado, resultando em altos impostos.
- Marginalização social: fome, miséria.
A população francesa era a maior da Europa e não podia ser sustentada adequadamente. A rica e progressista burguesia era completamente excluída do poder político. Os camponeses voltavam-se contra a servidão aos senhores feudais. As ideias revolucionárias de filósofos tornavam-se cada vez mais difundidas pela França. Para completar a crise, a participação da França na Guerra de Independência das 13 Colônias Americanas esvaziou os cofres públicos.
ETAPAS DA REVOLUÇÃO.
1) Formação da Assembleia dos Estados Gerais.
Visando conter a crise política, econômica e financeira em que mergulhava a França, o controlador geral das finanças, Calonne, convocou a Assembleia dos Notáveis e propôs ao clero e à nobreza que passassem a contribuir com os impostos. Certamente, não houve acordo. O controlador foi substituído, posteriormente, por Jacques Necker e por ele foi convocada a Assembleia dos Estados Gerais, composta pelo primeiro, segundo e terceiro estados.
A votação, porém, era por estado e, portanto, os direitos da nobreza e do clero seriam mantidos. O terceiro estado passou, então, a reivindicar por votação individual.
Nota: O Terceiro Estado era composto pelos San Cullotes (miseráveis), Girondinos (alta burguesia- moderados), Pântano (média burguesia- indefinidos) e pelos Jacobinos (pequena burguesia- radicais).
2- Revolução Francesa iniciava-se no campo pelas revoltas dos camponeses denominadas Jacqueries (sim, é o mesmo nome dado às revoltas camponeses na Guerra dos 100 anos na França). Na cidade ocorreu a tomada da Bastilha, símbolo do absolutismo francês.
O exército se reuniu aos revoltosos dando a eles força absoluta.
Em 1791 a nova Constituição Francesa ficava pronta. A França passava a ser uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL, em que o poder Executivo caberia ao rei e o Legislativo à Assembleia. A obra da Assembleia Constituinte completou os dizeres da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, abolindo o feudalismo, suprimindo as antigas ordens sociais e estabelecendo a igualdade civil. Os bens da Igreja foram nacionalizados para obter crédito para o pagamento das dívidas que se agravaram com a revolução.
3- Proclamação da República.
Uma nova Assembleia tomava posse: a CONVENÇÃO. Internamente, ela estava dividida entre GIRONDINOS E JACOBINOS.
Girondinos: partido representativo da alta burguesia, pretendiam uma República burguesa na França e a difusão da Revolução pela Europa (posteriormente essa ideologia seria atendida por Napoleão Bonaparte).
Jacobinos: pequena burguesia apoiada pela Comuna de Paris, liderados por Robespierre, queriam maior participação política e poder econômico para as baixas camadas da população e restrição do movimento revolucionário à França, para a sua consolidação.
Pela Convenção, o rei foi condenado a morte por traição, já que tentara um contra-golpe à revolução.
4- Governo Jacobino e o Terror.
As derrotas nas guerras externas permitiram a ascensão da ala mais radical dos jacobinos, os mantanheses. O governo jacobino impôs o EDITO DO MÁXIMO (tabelamento dos preços máximos). Taxou os ricos, obrigando-os a pagar mais impostos. A educação tornou-se livre e obrigatória.
Foi implantado o Terror. Todos aqueles que eram contra o governo dos jacobinos eram guilhotinados.
5- Girondinos no Poder.
As vitórias deram mais segurança à população francesa e abalaram o governo dos jacobinos, dando possibilidade para a ascenssão dos girondinos. As medidas jacobinas foram abolidas: o Edito do Máximo, as leis sociais e os esforços para igualdade econômica. A Convenção foi dispensada e o poder Legislativo passou a ser exercido por um DIRETÓRIO composto por 5 membros.
A incapacidade do Diretório em conter as revoltas, tanto das baixas camadas quanto da aristocracia, criou condições para que o comandante militar Napoleão Bonaparte, com o apoio da burguesia e do Exército, assumisse o poder.
Em 1779 o GOLPE 18 BRUMÁRIO põe fim ao Diretório. Napoleão viria a difundir a Revolução por toda a Europa através de um governo pessoal (o Consulado) que tornar-se-ia ainda mais despótico com a implantação do Império.
Nota:
Europa Insular
- Revolução Gloriosa (sec XVII)
Não houve participação popular,
Ajuste no interior no Estado,
Não houve guerra civil,
Ampliação dos direitos políticos: direito de voto/ participação política.
Europa Continental
- Revolução Francesa (sec XVIII)
Participação popular,
Ajuste dentro e fora do Estado,
Houve guerra civil,
Ampliação dos direitos sociais: ao trabalho/ pensão/ etc.
.
.
.
.
Rota Histórica- Independência dos Estados Unidos.
Visando recuperar sua economia, a Inglaterra adotou uma nova política administrativa as suas colônias, caracterizada pelo arrocho do pacto colonial. Até então, as 13 colônias britânicas possuíam autonomia econômica e até mesmo as colônias do sul, que dependiam totalmente do mercado externo, principalmente do mercado inglês, gozavam de certa autonomia, pois tinham relações comerciais com diversos países. Este fato é marcado principalmente com os triângulos comerciais organizados pela Nova Inglaterra, envolvendo 3 países/regiões e 3 produtos distintos.
Visando superar a crise enconômica, a Inglaterra institui nas suas colônias os famosos Atos Ingleses, dentre eles:
- Lei do Açúcar: taxava o açúcar que não fosse produzido nas Antilhas, diminuindo a concorrência do açúcar americano.
- Lei do Selo: fixação de selos em documentos legais, contratos, jornais etc.
- Lei do Aquartelamento: os colonos deveriam alojar, fornecer os víveres e parte do transporte às tropas inglesas remetidas para a colônia.
Os colonos americanos exigiam a revogação dos Atos e no máximo conseguiam a sua diminuição e raramente a anulação. Porém, outra lei reiniciou a crise:
- Lei do Chá: dava o monopólio do chá à Cia. das Índias Orientais, na qual vários políticos ingleses tinham interesses econômicos.
Em represália à última lei, comerciantes fantasiados de índios destruíram várias caixas de chá, tiradas dos porões dos barcos estacionados no porto, evento conhecido como Boston Tea Party. Em contrapartida, a Inglaterra baixou as Leis Intoleráveis (1774), que interditavam o porto de Boston até o ressarcimento dos prejuízos, aquartelamento de tropas na cidade de Boston, dentre outras medidas. Além dos prejuízos aos comerciantes, os agricultores também foram afetados pelos Atos Ingleses. O Ato de Quebec passou para o controle do governador de Quebec grande parte das terras disponíveis do Centro- Oeste. Era de pretensão inglesa evitar a conquista de novas terras a oeste, facilitando o controle dos colonos na faixa litorânea.
As Leis Intoleráveis determinaram a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774), de caráter não-separatista, que enviou ao Parlamento e ao rei uma petição pedindo a revogação das Leis Intoleráveis. Nada resolvido. Em 1775 foi convocado o Segundo Congresso Continental de Filadélfia, agora de caráter separatista. George Washington, que viria a ser o primeiro presidente norte americano, foi nomeado comandante das forças americanas e Thomas Jefferson foi encarregado de redigir a Declaração da Independência.
O apoio francês foi decisivo na conquista da vitória pelos americanos, apoio dado porque visava reconquistar os territórios perdidos a Inglaterra na Guerra dos 7 anos. Em 1787 a Constituição determinava o regime republicano presidencialista, com a divisão de poderes baseada em Montesquieu. A Revolução Americana serviu de exemplo para a Independência de outras colônias americanas, a exemplo do Brasil. Sua Declaração dos Direitos do Homem foi o modelo para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa.
Rota Histórica - 13 Colônias Inglesas.
Inicialmente, o povoamento das 13 colônias restringiu-se à faixa litorânea, devido ao isolamento da porção oeste pelos Montes Apalaches (formação terciária). Após a sua independência (1776) iniciou-se a corrida para o Oeste, tendo como justificativa o Destino Manifesto: os americanos foram predestinados por Deus a colonizar e povoar as terras que se estendem até o Pacífico e levar seus valores aos outros povos. A religião, portanto, foi um fator indispensável que impulsionou a conquista de novos territórios.
A maioria dos habitantes norte-americanos eram protestantes e, portanto, viam o lucro e a riqueza como consequência de uma escolha divina. Além do Destino Manifesto e da influência do protestantismo, a descoberto do ouro na Califórnia também foi um fator decisivo na corrida para o oeste.
Rota Histórica- Guerra dos 100 anos.
As primeiras batalhas foram vencidas pela Inglaterra que tinha apoio dos comerciantes de Flandres por terem laços comerciais com os ingleses. Apesar da superioridade numérica e bélica da Inglaterra, a sua vitória não se concretizou, pois surgia nessa época um dos fatores da Trilogia Europeia: a peste negra, que dizimou aproximadamente um quarto de toda a população da Europa.
A situação social da França estava desoladora. A falta de recursos, os pesados tributos e as fracas colheitas motivaram as lutas dos camponeses, as chamadas jacqueries. Em meio aos conflitos no meio rural e urbano surge Joana d' Arc que, por vencer algumas batalhas contra os ingleses, criou um sentimento nacionalista entre os franceses.
Em 1453, um tratado de paz encerrava a Guerra dos Cem Anos.
Economica e socialmente não houve ganhadores. Porém, a Guerra dos Cem anos permitiu a formação de uma monarquia nacional na França e na Inglaterra. Nessa, a Guerra das Duas Rosas veio consolidar o poder real e naquela, as guerras religiosas entre católicos e huguenotes tardou o prosseguimento da consolidação da monarquia nacional, mas não a impediu.
Tanto a França quanto a Inglaterra foram contra ao Tratado de Tordesilhas que dividiu as conquistas territoriais entre Portugal e Espanha. Dedicaram-se, por isso, à pirataria , furtando embarcações espanholas e portuguesas que transportavam riquezas das colônias as suas metrópoles. A pirataria, ao lado do ouro brasileiro concedido por Portugal como pagamento pelas dívidas com os ingleses, financiou a Revolução Industrial da Inglaterra posteriormente.
Rota Histórica- África.
Dos países pertencentes ao Magrebe, a Argélia possui maior destaque já que faz parte do grupo dos países exportadores de petróleo (OPEP) ao lado, também, de outros países africanos: Angola, Líbia e Nigéria. Dentre esses, ganha ainda mais destaque a Angola.
O país angolano é o maior produtor de petróleo no continente e desde 2005 apresenta um crescimento superior a 15% ao ano. Porém, desolado por uma guerra civil iniciada após a sua independência, esse crescimento, financiado pela exportação do petróleo, pouco modificou a crise social em que o país vive. A fome, doenças e guerrilhas ainda são notícias constantes.
A guerra civil angolana pode-se enquadrar no contexto da Guerra Fria, já que após a sua independência, houve a disputa pelo poder entre 3 grupos partidários que representavam, em síntese, a posição americana capitalista e a soviética socialista.
Iniciada em 1975, as lutas armadas entre os grupos de oposição resultou em milhares de mortos, em quase um milhão de refugiados e arruinou a economia angolana. Hoje, o país tenta se reconstruir a partir da exploração do petróleo, com o "auxílio", principalmente, da China.
Localizada no Extremo Oriente, a China, desde a abertura econômica iniciada por Deng Xiaoping, vem sendo destaque na nova ordem mundial. Dividida didaticamente em 5 regiões, a China conta com uma vasta riqueza mineral. A região da Mandchúria, por exemplo, região que durante a Segunda Guerra Mundial fora invadida pelo Japão, apresenta em grandes quantidades ferro e carvão. A região do Sinkiang tem como seu grande destaque o petróleo. Apesar de ser favorecida geologicamente, a extração mineral chinesa não suporta a velocidade com que sua economia cresce atualmente.
A China vive ameaçada por um colapso energético e esse é o motivo pelo qual o país oriental aventura-se na África, principalmente na Angola, em busca de minérios e petróleo que sustentem seu desempenho econômico. Em troca dos produtos, os chineses constroem pontes, estradas, hidroelétricas, hospitais e escolas. Além disso, a China oferece vantajosos empréstimos aos africanos. Em busca de combustível fóssil para alimentar sua numerosa frota de veículos (destinado 60% do petróleo consumido) , a China se tornou o maior importador de petróleo da Arábia Saudita, ultrapassando os Estados Unidos. A dependência pelo combustível é tanta que, mais da metade do petróleo consumido pela China em 2009 foi importado (não apenas da Arábia Saudita), dependência esta considerada preocupante.