segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Fungos.

Os fungos apresentam diversos meios de nutrição. Podem ser saprófagos, em que obtém nutrientes a partir da nutrição de matéria orgânica morta por meio da sua decomposição; parasitas, retirando matéria orgânica do organismo vivo em que se instala, prejudicando-o; ou podem ser simbiontes, mantendo relações mutualistas com outro ser vivo, em que ambos se benificiam. Além desses modos mais comuns de vida, existem ainda os fungos considerados predadores, que capturam pequenos animais e deles se alimentam.

Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas quebram as moléculas orgânicas em moléculas menores, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.

Os fungos, ao lado das algas, compõem o grupo dos decompositores e exercem papel importante na reciclagem dos nutrientes. A matéria orgânica por eles decomposta volta ao meio ambiente e pode ser reutilizada pelos vegetais, que são a base da cadeia alimentar.

Apesar da grande importância para a natureza, muitos fungos são responsáveis pelo apodrecimento de frutas, de madeira, de tecidos e podem, também, causar doenças às plantas e aos animais, inclusive aos homens. A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungos, que necrosa as folhas das plantas, deixando pontinhos pretos nos locais onde agiu.
Em muitos casos, os fungos parasitas de plantas possuem hifas especializadas- os haustórios- que penetram no interior da célula vegetal utilizando como meio de entrada os estômatos. Das células das plantas, captam a matéria orgânica para a sua nutrição.


Entre os casos mutualísticos, existem àqueles fungos que vivem associados à raízes de plantas, formando as micorrizas (mico= fungos; rizas= raízes). Os fungos degradas matérias do solo e posteriormente os absorve, transferindo-os para a planta, permitindo o seu crescimento sadio. As plantas, por sua vez, fornecem ao fungo matérial orgânico e aminoácidos, necessários para a sua sobrevivência.

Algumas plantas formam micorrizas naturalmente: tomateiro, morangueiro, macieira e as gramíneas em geral.

As micorrizas são muito frequentes, também, em plantas típicas de ambientes com o solo pobre de nutrientes, como o cerrado brasileiro. Nesse caso, as micorrizas significam um importante fator de adaptação, melhorando as condições de nutrição das plantas.

Certos grupos de fungos podem estabelecer relações mutualísticas com as cianobactérias ou com as algas verdes (cianofíceas), dando origem a organismos denominados líquenes.


ECONOMIA.
Muitos fungos são aeróbios, isto é, realizam respiração, outros, porém, são anaeróbios e realizam fermentação.

Alguns fungos que realizam fermentação são utilizados no precesso de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos o fungo utilizado pertecene à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açúcar em alcool etílico e gás carbônico (fermentação alcoólica), na ausência de oxigênio. Na presença de oxigênio, realizam respiração. São, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.

Alguns fungos são usados na indústria de laticínios, empregados, por exemplo, na fabricação do queijo Camembert e Roquefort.

Algumas espécies de fungos são utilizados diretamente como alimento pelo homem. É o caso do popular champignon ou cogumelo, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.

DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS.

As micozes são doenças causadas por fungos. As mais comuns aparecem na pele, podendo se manisfestar em qualquer parte do corpo.
As micoses podem afetar também as mucosas, como a da boca. É o caso do sapinho, muito comum em crianças.
Existem também fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador do histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.


Os fungos podem ser unicelulares, como é o caso do Saccharomyces, ou pluricelulares.
Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferenciam dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: o CORPO DE FRUTIFICAÇÃO (formado a partir do micélio reprodutivo), responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais- os esporos; e o MICÉLIO, constituído por uma trama de filamentos, em que cada filamento é denominado HIFA.


Na maioria dos fungos a parede celular é complexa e revestida de quitina, a mesma substância do exoesqueleto dos artrópodos.

A carboidrato de reserva da maioria dos fungos é o GLICOGÊNIO, do mesmo modo que acontence com os animais.

REPRODUÇÃO NOS FUNGOS.


reprodução assexuada:
FRAGMENTAÇÃO: É a maneira mais simples de reprodução nos fungos. Um micélio se fragmenta, originando novos micélios.

BROTAMENTO: As leveduras do gênero Sccharomyces cerevisae se reproduzem pro brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) podem se destacar do genitor, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.

ESPORULAÇÃO: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação, produzem em abundância, por mitose, esporos, células leves, que são espalhadas pelo meio. Cada esporo é capaz de, ao cair em um ambiente propício, gerar, sozinho, um novo bolor, mofo etc.

Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são denominados zoosporos.

reprodução sexuada.
Em certos fungos aquáticos há a produção de esporos flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos.

Nos fungos terrestres, a reprodução sexuada se inicia com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia ( fusão de citoplasmas). Os núcleos haplóides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica n+n)

Posteriormente a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).

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