Na Ámerica um novo país se formava. Os Estados Unidos da América voltavam-se agora para os problemas internos, que resultaria posteriormente na Guerra de Secessão. Na Europa, porém, as revoltas começavam a borbulhar.
A Europa insular, Inglaterra, vivia em plena Revolução Industrial. O parlamentarismo, vencedor da Revolução Puritana e Gloriosa, vigorava. Enquanto isso, na Europa continental, a crise do antigo regime iniciava-se. Sob influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos, aquilo que se tornaria a Revolução Francesa tomava forma.
A revolução que teve como epicentro a França, surtiu efeito em praticamente toda a Europa e também influenciou as revoltas da caráter separatista no Brasil, como a Inconfidência Mineira.
Os motivos da Revolução Francesa são claros:
- Excessiva centralização política, em que o poder do rei Luís XVI valia-se do Direito Divino e da estrutura política herdada do seu antecessor (sem Congresso/ sem Assembleia). A expressão "O Estado sou eu" caracteriza bem o despotismo.
- Privilégios exagerados ao clero e à nobreza.
- Manutenção de regras econômicas medievais - na zona URBANA ainda prevalecia as oficinas e na zona RURAL, a servidão.
- Alto custo para manter o Estado, resultando em altos impostos.
- Marginalização social: fome, miséria.
A população francesa era a maior da Europa e não podia ser sustentada adequadamente. A rica e progressista burguesia era completamente excluída do poder político. Os camponeses voltavam-se contra a servidão aos senhores feudais. As ideias revolucionárias de filósofos tornavam-se cada vez mais difundidas pela França. Para completar a crise, a participação da França na Guerra de Independência das 13 Colônias Americanas esvaziou os cofres públicos.
ETAPAS DA REVOLUÇÃO.
1) Formação da Assembleia dos Estados Gerais.
Visando conter a crise política, econômica e financeira em que mergulhava a França, o controlador geral das finanças, Calonne, convocou a Assembleia dos Notáveis e propôs ao clero e à nobreza que passassem a contribuir com os impostos. Certamente, não houve acordo. O controlador foi substituído, posteriormente, por Jacques Necker e por ele foi convocada a Assembleia dos Estados Gerais, composta pelo primeiro, segundo e terceiro estados.
A votação, porém, era por estado e, portanto, os direitos da nobreza e do clero seriam mantidos. O terceiro estado passou, então, a reivindicar por votação individual.
Nota: O Terceiro Estado era composto pelos San Cullotes (miseráveis), Girondinos (alta burguesia- moderados), Pântano (média burguesia- indefinidos) e pelos Jacobinos (pequena burguesia- radicais).
2- Revolução Francesa iniciava-se no campo pelas revoltas dos camponeses denominadas Jacqueries (sim, é o mesmo nome dado às revoltas camponeses na Guerra dos 100 anos na França). Na cidade ocorreu a tomada da Bastilha, símbolo do absolutismo francês.
O exército se reuniu aos revoltosos dando a eles força absoluta.
Em 1791 a nova Constituição Francesa ficava pronta. A França passava a ser uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL, em que o poder Executivo caberia ao rei e o Legislativo à Assembleia. A obra da Assembleia Constituinte completou os dizeres da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, abolindo o feudalismo, suprimindo as antigas ordens sociais e estabelecendo a igualdade civil. Os bens da Igreja foram nacionalizados para obter crédito para o pagamento das dívidas que se agravaram com a revolução.
3- Proclamação da República.
Uma nova Assembleia tomava posse: a CONVENÇÃO. Internamente, ela estava dividida entre GIRONDINOS E JACOBINOS.
Girondinos: partido representativo da alta burguesia, pretendiam uma República burguesa na França e a difusão da Revolução pela Europa (posteriormente essa ideologia seria atendida por Napoleão Bonaparte).
Jacobinos: pequena burguesia apoiada pela Comuna de Paris, liderados por Robespierre, queriam maior participação política e poder econômico para as baixas camadas da população e restrição do movimento revolucionário à França, para a sua consolidação.
Pela Convenção, o rei foi condenado a morte por traição, já que tentara um contra-golpe à revolução.
4- Governo Jacobino e o Terror.
As derrotas nas guerras externas permitiram a ascensão da ala mais radical dos jacobinos, os mantanheses. O governo jacobino impôs o EDITO DO MÁXIMO (tabelamento dos preços máximos). Taxou os ricos, obrigando-os a pagar mais impostos. A educação tornou-se livre e obrigatória.
Foi implantado o Terror. Todos aqueles que eram contra o governo dos jacobinos eram guilhotinados.
5- Girondinos no Poder.
As vitórias deram mais segurança à população francesa e abalaram o governo dos jacobinos, dando possibilidade para a ascenssão dos girondinos. As medidas jacobinas foram abolidas: o Edito do Máximo, as leis sociais e os esforços para igualdade econômica. A Convenção foi dispensada e o poder Legislativo passou a ser exercido por um DIRETÓRIO composto por 5 membros.
A incapacidade do Diretório em conter as revoltas, tanto das baixas camadas quanto da aristocracia, criou condições para que o comandante militar Napoleão Bonaparte, com o apoio da burguesia e do Exército, assumisse o poder.
Em 1779 o GOLPE 18 BRUMÁRIO põe fim ao Diretório. Napoleão viria a difundir a Revolução por toda a Europa através de um governo pessoal (o Consulado) que tornar-se-ia ainda mais despótico com a implantação do Império.
Nota:
Europa Insular
- Revolução Gloriosa (sec XVII)
Não houve participação popular,
Ajuste no interior no Estado,
Não houve guerra civil,
Ampliação dos direitos políticos: direito de voto/ participação política.
Europa Continental
- Revolução Francesa (sec XVIII)
Participação popular,
Ajuste dentro e fora do Estado,
Houve guerra civil,
Ampliação dos direitos sociais: ao trabalho/ pensão/ etc.
.
.
.
.
A Europa insular, Inglaterra, vivia em plena Revolução Industrial. O parlamentarismo, vencedor da Revolução Puritana e Gloriosa, vigorava. Enquanto isso, na Europa continental, a crise do antigo regime iniciava-se. Sob influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos, aquilo que se tornaria a Revolução Francesa tomava forma.
A revolução que teve como epicentro a França, surtiu efeito em praticamente toda a Europa e também influenciou as revoltas da caráter separatista no Brasil, como a Inconfidência Mineira.
Os motivos da Revolução Francesa são claros:
- Excessiva centralização política, em que o poder do rei Luís XVI valia-se do Direito Divino e da estrutura política herdada do seu antecessor (sem Congresso/ sem Assembleia). A expressão "O Estado sou eu" caracteriza bem o despotismo.
- Privilégios exagerados ao clero e à nobreza.
- Manutenção de regras econômicas medievais - na zona URBANA ainda prevalecia as oficinas e na zona RURAL, a servidão.
- Alto custo para manter o Estado, resultando em altos impostos.
- Marginalização social: fome, miséria.
A população francesa era a maior da Europa e não podia ser sustentada adequadamente. A rica e progressista burguesia era completamente excluída do poder político. Os camponeses voltavam-se contra a servidão aos senhores feudais. As ideias revolucionárias de filósofos tornavam-se cada vez mais difundidas pela França. Para completar a crise, a participação da França na Guerra de Independência das 13 Colônias Americanas esvaziou os cofres públicos.
ETAPAS DA REVOLUÇÃO.
1) Formação da Assembleia dos Estados Gerais.
Visando conter a crise política, econômica e financeira em que mergulhava a França, o controlador geral das finanças, Calonne, convocou a Assembleia dos Notáveis e propôs ao clero e à nobreza que passassem a contribuir com os impostos. Certamente, não houve acordo. O controlador foi substituído, posteriormente, por Jacques Necker e por ele foi convocada a Assembleia dos Estados Gerais, composta pelo primeiro, segundo e terceiro estados.
A votação, porém, era por estado e, portanto, os direitos da nobreza e do clero seriam mantidos. O terceiro estado passou, então, a reivindicar por votação individual.
Nota: O Terceiro Estado era composto pelos San Cullotes (miseráveis), Girondinos (alta burguesia- moderados), Pântano (média burguesia- indefinidos) e pelos Jacobinos (pequena burguesia- radicais).
2- Revolução Francesa iniciava-se no campo pelas revoltas dos camponeses denominadas Jacqueries (sim, é o mesmo nome dado às revoltas camponeses na Guerra dos 100 anos na França). Na cidade ocorreu a tomada da Bastilha, símbolo do absolutismo francês.
O exército se reuniu aos revoltosos dando a eles força absoluta.
Em 1791 a nova Constituição Francesa ficava pronta. A França passava a ser uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL, em que o poder Executivo caberia ao rei e o Legislativo à Assembleia. A obra da Assembleia Constituinte completou os dizeres da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, abolindo o feudalismo, suprimindo as antigas ordens sociais e estabelecendo a igualdade civil. Os bens da Igreja foram nacionalizados para obter crédito para o pagamento das dívidas que se agravaram com a revolução.
3- Proclamação da República.
Uma nova Assembleia tomava posse: a CONVENÇÃO. Internamente, ela estava dividida entre GIRONDINOS E JACOBINOS.
Girondinos: partido representativo da alta burguesia, pretendiam uma República burguesa na França e a difusão da Revolução pela Europa (posteriormente essa ideologia seria atendida por Napoleão Bonaparte).
Jacobinos: pequena burguesia apoiada pela Comuna de Paris, liderados por Robespierre, queriam maior participação política e poder econômico para as baixas camadas da população e restrição do movimento revolucionário à França, para a sua consolidação.
Pela Convenção, o rei foi condenado a morte por traição, já que tentara um contra-golpe à revolução.
4- Governo Jacobino e o Terror.
As derrotas nas guerras externas permitiram a ascensão da ala mais radical dos jacobinos, os mantanheses. O governo jacobino impôs o EDITO DO MÁXIMO (tabelamento dos preços máximos). Taxou os ricos, obrigando-os a pagar mais impostos. A educação tornou-se livre e obrigatória.
Foi implantado o Terror. Todos aqueles que eram contra o governo dos jacobinos eram guilhotinados.
5- Girondinos no Poder.
As vitórias deram mais segurança à população francesa e abalaram o governo dos jacobinos, dando possibilidade para a ascenssão dos girondinos. As medidas jacobinas foram abolidas: o Edito do Máximo, as leis sociais e os esforços para igualdade econômica. A Convenção foi dispensada e o poder Legislativo passou a ser exercido por um DIRETÓRIO composto por 5 membros.
A incapacidade do Diretório em conter as revoltas, tanto das baixas camadas quanto da aristocracia, criou condições para que o comandante militar Napoleão Bonaparte, com o apoio da burguesia e do Exército, assumisse o poder.
Em 1779 o GOLPE 18 BRUMÁRIO põe fim ao Diretório. Napoleão viria a difundir a Revolução por toda a Europa através de um governo pessoal (o Consulado) que tornar-se-ia ainda mais despótico com a implantação do Império.
Nota:
Europa Insular
- Revolução Gloriosa (sec XVII)
Não houve participação popular,
Ajuste no interior no Estado,
Não houve guerra civil,
Ampliação dos direitos políticos: direito de voto/ participação política.
Europa Continental
- Revolução Francesa (sec XVIII)
Participação popular,
Ajuste dentro e fora do Estado,
Houve guerra civil,
Ampliação dos direitos sociais: ao trabalho/ pensão/ etc.
.
.
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário