terça-feira, 30 de novembro de 2010

Transporte de Seiva Elaborada.

Plantas avasculares, briófitas, não apresentam tecido diferenciado de transporte de seiva, portanto, o produto orgânico da fotossíntese é transportado para as demais partes do vegetal por meio da difusão. Plantas vasculares ou traqueófitas apresentam tecido de transporte diferenciado, xilema e floema. O transporte de seiva inorgânica é feito através do xilema (lenho) e o transporte de seiva orgânica, pelo floema (líber).

A produção de glicose pelos parênquimas clorofilianos resulta no aumento da pressão osmótica. A água que entra nas células parenquimáticas levaria consigo os produtos orgânicos, transportando-os através do floema até onde a pressão seja menor, nos órgãos de reserva e nos tecidos em atividade. Esse processo é conhecido por Teoria de Munch.

Charge- África e China


China e África: a política de Pequim para o continente africano

Os prognósticos apocalípticos anunciados no ano passado pelos organismos internacionais de crédito, com respeito aos efeitos que a crise internacional causaria na África não se cumpriram. Tanto o FMI como o Banco Mundial prediziam com certa lógica que a paralisação do comércio mundial e dos créditos financeiros afetaria o continente.

O que se poderia esperar de um continente que apresenta a triste imagem do único continente onde os indicadores econômicos, sanitários e sociais se deterioram sistematicamente? Dos 49 países menos avançados no mundo, 34 são subsaarianos. Além disso, há de se considerar a crônica instabilidade política das cinco últimas décadas com um saldo de mais de sete milhões de mortos e mais de 10 milhões de refugiados fugindo de 32 conflitos armados. Para agravar o quadro, 70% das pessoas infectadas pela AIDS no mundo se encontram na África.

Apesar dos dados apresentados não serem sedutores, é possível identificar paises que deliberadamente decidiram “apostar” no continente africano. O que se percebe é que a economia africana está se erguendo e em estado crescente. E foi precisamente à China que entendeu que vale à pena “remar contra a maré”.

A penetração chinesa na África em busca de recursos naturais que consolidem seu grande crescimento deu um grande salto a partir de 2005, quando do nada desembarcaram no continente aproximadamente 1.000 empresas e centenas de milhares de trabalhadores.

Pode-se dizer que a crise econômica mundial dos dois últimos anos acelerou a conquista chinesa na África subsaariana. Aproveitando a falta de visão e iniciativa ocidental, onde as empresas se colocam na defensiva e tratam de conter o gasto, Pequim disponibilizou mais de 60 bilhões de dólares em apenas seis meses para controlar o acesso a matérias primas e competir diretamente com grandes multinacionais como Exxon Mobil e Shell.

Dessa forma a China utiliza a crise para dar um grande salto para frente e deverá crescer este ano com uma taxa acima de 8%. O governo chinês tem claramente a intenção de fortalecer suas bases na África e assim, aumentar a sua produção de petróleo a nível mundial.

Pelo que se observa, a China pretende conquistar também os feudos ocidentais: em apenas seis meses adquiriu a petroleira suíça Addax Petroleum, que controla poços na Nigéria, Gabão e Camarões; Pequim apresentou um projeto para construir um oleoduto no Quênia, que permitirá extrair o petróleo do Sudão; adquiriu direitos sobre o petróleo e urânio em Níger; discute uma parceria com a britânica Tullow Oil para a exploração da bacia petrolífera descoberta no Lago Alberto, já em Uganda, iniciou novas explorações de cobre em Zâmbia.

Há, entretanto, duas apostas mais espetaculares para a China: obter permissão de exploração na Nigéria (o quinto fornecedor de petróleo dos Estados Unidos) controladas até agora por Shell, ExxonMobil e Chevron numa operação em torno de 30 bilhões de dólares. A outra cartada é Gana, onde Pequim tenta conseguir junto às autoridades locais um acordo que permita a exploração de uma grande bacia petrolífera pela estatal chinesa CNOOC.

É importante suscitar também que o déficit energético da China tende a acentuar-se ainda mais nos próximos anos, se mantido seu ritmo de crescimento. Ainda que sua principal fonte de energia seja o carvão, em apenas uma década, seu consumo de petróleo aumentou de 4,2 a 8 milhões de barris diários, transformando o gigante asiático no segundo consumidor mundial. E as estimativas são de que em 2015 serão necessários 11 milhões de barris diariamente para suprir as necessidades do país.

Atualmente, dos dez principais fornecedores de petróleo da China, quatro se encontram no continente africano: Angola (terceiro, atrás da Arábia Saudita e Iran), Sudão (6º), Congo-Brazzaville (8º) e Líbia (10º). Dessa forma, a África já contribui com quase 30% do petróleo importado pela China.

A nova fase do investimento chinês na África se integra numa onda global de aquisição de energia e recursos naturais e embora haja senões por parte de algumas nações, – especialmente os Estados Unidos -, de que os negócios feitos pela China muitas vezes são duvidosos, Pequim é um “sócio” realmente muito desejado por muitos países.

Em tempo: até o futebol passou a ser um motivo de interesse de investimento chinês na África. A empresa Yingli Green Energy, um dos maiores fabricantes mundial de placas solares, assinou um contrato com a FIFA, tornando-se o sétimo patrocinador do Mundial de Futebol na África do Sul.

site: http://mundorama.net/2010/03/03/china-e-africa-a-politica-de-pequim-para-o-continente-africano-por-joao-bosco-monte/

Hormônios Vegetais.

Auxina (ácido indolilacético) agem no crescimento das plantas e controlam muitas outras atividades fisiológicas.

PRODUÇÃO DO AIA.

O vegetal produz hormônios em várias regiões do corpo, especialmente:
- ponta do caule (gema apical)
- folhas jovens e adultas
- ponta da raiz
- frutos
- ponta de coleóptilos
- embriões de sementes

Os maiores centros produtores de AIA no vegetal são o PONTO VEGETATIVO CAULINAR e as FOLHAS JOVENS. O AIA produzido nestas regiçoes é transportado para outras partes do vegetal, ajudando na coordenação do crescimento de toda a planta.

TRANSPORTE DE AIA

O deslocamento desta auxina no corpo do vegetal é POLARIZADO, isto é, desloca-se do ápice para a base da planta.

AÇÃO DAS AUXINAS

I) Células: de um modo geral, o AIA aumenta a plasticidade da parede celular, facilitando a distensão da célula.
O AIA influencia também a multiplicação celular.

II) Caule: O AIA pode agir como estimulador ou inibidor de distensão celular, dependendo da concentração

III) Raiz: O AIA pode agir como estimulador ou inibidor de distensão celular, dependendo da concentração.



Pelo gráfico é possível concluir que baixas concentrações de AIA não são capazes de promover a distensão celular do caule, porém é suficiente para o crescimento da raíz. Já, altas concentrações de AIA inibem o crescimento da raiz, mas estimulam o crescimento do caule.
Para o máximo crescimento do caule, a concentração de AIA deve ser bastante alta.

IV) Gemas laterais: O AIA produzido das gemas apicais desloca-se polarizado para a base. As gemas laterais, recebendo este hormônio, ficam inibidas no seu desenvolvimento. Dizemos que o AIA produzido na gema apical promove a DORMÊNCIA das gemas laterais, fenômeno conhecido por DOMINÂNCIA APICAL.



A poda de uma planta consiste no corte da gema apical. Desta maneira, cessa a inibição, provocando o brotamento das gemas laterais e, consequentemente, a planta apresentará mais ramos, folhas, flores e frutos.

V) Folhas: O AIA controla a permanência da folha no caule e a sua queda (abscisão). De um modo geral, o fenômeno é controlado pelo teor relativo de auxinas entre a folha e o caule.

a) O teor de auxina na folha é MAIOR que no caule: folha permanece unida ao caule.

b) O teor de auxina na folha é MENOR que no caule: a folha se destaca e cai (abscisão). Quando tal fato acontece, forma-se na base do pecíolo uma camada especial de células (camada de abscisão), onde as células apresentam paredes celulares finas e em desintegração. Esta camada é a responsável pela separação da folha do caule.






VI) Frutos:
O fruto origina-se a partir do desenvolvimento do OVÁRIO. Para isso, é necessário dois processos: polinização e fecundação. Isso porque, foi provado que o tubo polínico e o embrião da semente em desenvolvimento produzem AIA, que será recebido pela parede do ovário, estmulando seu crescimento.
Ovários que não são polinizados, normalmente, caem, não originando frutos.
Porém, existem aqueles frutos denominados partenocápicos, frutos sem sementes, já que o ovário se desenvolveu sem a fecundação. Neste caso, os ovários dos frutos partenocárpicos produzem AIA em quantidade suficiente para provocar o seu desenvolvimento sem fecundação.

O AIA controla também a permanência do fruto no caule ou a sua queda (abscisão), da mesma maneira como ocorre com as folhas

a) O teor de AIA é MAIOR no fruto do que no caule: permanência do fruto no caule.

b) O teor de AIA é MENOR no fruto do que no caule: queda do fruto (abscisão).

VII) Câmbio: o AIA estimula a atividade das células do câmbio.

APLICAÇÃO ARTIFICIAL DE AUXINAS.

A) Estacas.
Quando as auxinas são aplicadas na porção inferior de uma estaca (caule cortado), estimulam as divisões celulares e a produção de raízes adventícias. Tal fato é muito comum em horticultura. Plantas que dificilmente se propagariam por estcas podem facilmente enraizar quando tratadas com auxinas.

B) Flores.
Aplicadas no ovário ou no estigma de flores não- fecundadas, as auxinas estimulam o desenvolvimento do ovário para a formaçaõ de frutos partenocarpicos.

C) Frutos.
O AIA, aplicado em frutos jovens, evita a formação da camada de abscisão. Desta maneira, pode-se obter melhor rendimento nas colheitas.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Botânica- Dicas

I) Legume é um vegetal do grupo das LEGUMINOSAS. Ex: feijão, ervilha, vagem, fava, ervilha. Verdura é um termo genérico usado para designar hortaliças, que são plantas folhosas que se comem em saladas, exemplo do couve e alface.

II) Sob o ponto de vista anatômico, a madeira corresponde ao xilema secundário.

III)


IV)
a- A lignina é de ampla ocorrência nas plantas vasculares e se relaciona principalmente à sustentação.
b- A cutina está associada aos tecidos de revestimento, sendo depositada na superfície da parede celular da face externa da célula.
c) A suberina está relacionada à restrição da perda de água e pode ser encontrada em peridermes e em estrias de Caspary da endoderme.

V) Embora não sejam essenciais como nutrientes, as fibras têm papel importante na dieta. Elas estimulam os movimentos peristálticos, reduzindo o tempo de contato de substâncias potencialmente prejudiciais no intestino, evitando assim muitos distúrbios como diverticulose e prisão de ventre. A sua deficiência na dieta pode causar também problemas mais graves como doenças coronarianas, câncer no intestino e obesidade. As fibras alimentares são substâncias filamentosas curtas ou longas, derivadas de polissacarídeos que formam a molécula de CELULOSE. Essas estruturas, sintetizadas pelos vegetais, compõem essencialmente a parede celular das células vegetais, com primordial funcão de resistência ao vegetal contra a ação da força de turgor.
Um tecido vegetal rico em fibras é o colênquima.
Além de importante na dieta alimentar, as fibras apresentam importância econômica na fabricação de papel.

VI) Caminho feito pela água do solo até o xilema:
solo --> pêlos absorventes --> epiderme --> parênquima cortiçal --> endoderme --> periciclo
--> xilema

sábado, 27 de novembro de 2010

Botânica- Transpiração.

A transpiração para as plantas é um mal necessário. Mal porque a planta perde água e necessário porque a transpiração permite a entrada de CO2, importante para a fotossíntese.

A principal estrutura celular responsável por regular a transpiração (eliminação de água na forma de vapor) são os estômatos. São constituídos por duas células-guarda (ou células estômáticas), que delimitam a abertura do estômato, o ostíolo, duas células anexas (ou companheiras ou subsidiárias), que envolvem as células-guarda e uma câmara subestomática.
O mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos envolve vários fatores.

- O espessamento da parede das células-guarda voltada para o ostílo é maior que a parede oposta, delgada. Essa diferença na espessura permite o movimento de abrir e fechar das células.

- As células- guarda possuem cloroplastos, portanto, realizam fotossíntese. À luz do dia ocorre fotossíntese e o dióxido de carbono proveniente da atmosfera é consumido durante a reação. Ao redor da planta, portanto, o ambiente torna-se ligeiramente alcalino, permitindo que a enzima fosfolirase transforme o amido em glicose. Por ser mais solúvel, a glicose aumenta a pressão osmótica das células-estomáticas, que absorvem água por osmose das células companheiras, aumentando a sua turgescência e abrindo. Durante a noite, há maior liberação de dióxido de carbono do que o seu consumo, tornando o ambiente em torno da planta ligeiramente ácido. Sob esse pH, a enzima fosfolirase transforma a glicose em amido, que por não ser muito solúvel, diminui a pressão osmótica das células-guarda, diminuindo a sua turgescência e determinando o fechamento do estômato.

- Além do mecanismo de transformação do amido em glicose e vice-e-versa, o transporte ativo de íons POTÁSSIO das células companheiras para a células-guarda também aumenta a turgescência das células estomáticas, permitindo a sua abertura. O desequilíbrio de cargas é compensando pelo movimento de íons cloro.

Em suma, para explicar o mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos basta dizer que:
Quando as células-guardas recebem luz, há ingresso de íons potássio, aumentando a pressão osmótica. As células estomáticas ganham água por osmose ficando túrgidas e o estômato abre. No escuro, os íons potássio abandonam as células-guarda que, menos concentradas, perdem água por osmose, ficam flácidas e o estômato fecha.

Plantas aquáticas totalmente submersas não apresentam estômatos e plantas aquáticas flutuantes apresentam estômatos apenas na epiderme superior.

TEORIA DE SUCÇÃO DE DIXON.

A transpiração estomática está intimamente relacionada ao transporte de seiva inorgânica pelo xilema. A transpiração eleva a pressão osmótica das células foliares que passam a sugar água dos vasos do xilema. Sujeita a essa força de sucção, a água circula, numa coluna contínua, da raiz até as folhas. Nas raízes, os vasos xilemáticos retiram água das células que estão ao seu redor. A água passa de célula para célula até que, finalmente, é absorvida do solo.

Segundo a Teoria de Dixon, a coluna líquida, no interior dos vasos condutores, se mantém contínua, não ocorrendo quebras. A continuidade da coluna líquida é mantida pela força de coesão, que unem as moléculas de água entre si, e pelas forças de adesão, que unem as moléculas de água às paredes dos vasos do xilema.

Além da força de sucção, resultado direto da transpiração, existem outros dois fatores que auxiliam no transporte de água ao longo do xilema de plantas traqueófitas. São eles: capilaridade e pressão positiva da raiz.

A capilaridade refere-se ao fenômeno físico de movimento da água por um tubo fino e de extremidade aberta, apenas pelo seu contato com as paredes do tudo. O segundo refere-se ao transporte ativo de íons pela raíz, que a torna hipertônica, resultando em uma pressão osmótica positiva.

Além do transporte de água, a pressão positiva da raiz também explica a exsudação e a gutação. A exsudação consiste na saída de água quando há corte do caule e gutação, na eliminação de água em estado liquido através dos hidatódios.

Sais mineirais

Aparecem na composição da célula sob duas formas básicas: imobilizada e dissociada. Apresentam-se sob a forma imobilizada como componentes de estruturas esqueléticas (casca de ovos, ossos, etc). Sob forma dissociada ou ionizada aparecem da seguinte forma:

1) Cálcio: Componente dos ossos e dos dentes. Ativador de certas enzimas. Por exemplo: enzimas da coagulação.

2) Magnésio: Faz parte da molécula de clorofila; é necessário, portanto, à fotossíntese.
Ferro: Presente na hemoglobina do sangue, pigmento fundamental para o transporte de oxigênio. Componente de substâncias importantes na respiração e na fotossíntese ( citicromos e ferrodoxina).

3) Sódio: Tem concentração intracelular sempre mais baixa que nos líquidos externos. A membrana plasmática, por transporte ativo, constantemente bombeia o sódio,que tende a penetrar por difusão. Importante componente da concentração osmótica do sangue juntamente com o potássio.


4) Potássio: É mais abundante dentro das células que fora delas. Por transporte ativo, a membrana plasmática absorve o potássio do meio externo. Os íons sódio e potássio estão envolvidos nos fenômenos elétricos que ocorrem na membrana plasmática, na contração muscular e na condução nervosa.


5) Fosfato: Componente dos ossos e dentes. Está no ATP, molécula energética das atividades celulares. É parte integrante do DNA e RNA, no código genético.

6) Cloro: Componente dos neurônios (transmissão de impulsos nervosos).

7) Iodo: Entra na formação de hormônios tireoidianos.

Botânica -10 Dicas.

I) A variação do tamanho das folhas está ligado a diversos fatores, como exemplo da idade: quanto mais velha a folha maior será seu tamanho, até que atinge o tamanho máximo. Outros fatores são: - Luminosidade: quanto menor a luminosidade, menor será o tamanho da folha. A luz solar é de extrema importância para o vegetal, pois a energia luminosa será convertida, através da fotossíntese, em energia química, formando os carboidratos. Por isso, a falta de luminosidade acarretará num tamanho menor da folha, para que a captação de luz seja a máxima possível. - Disponibilidade de água: quando maior a trugescência celular, maior será a superficíe de transpiração do vegetal (a folha). Por isso, as plantas xerófitas converteram, ao longo de várias mutações, suas folhas em espinhos, evitando a perda excessiva de água por meio da transpiração.

II) Plantas iluminadas por uma fonte de luz VERMELHA ou AZUL produzem mais oxigênio do que aquelas iluminadas por fonte de luz VERDE ou AMARELA (cores refletidas). Porém, plantas iluminadas com luz BRANCA produzem mais oxigênio do que outra iluminada por luz monocromática, pois ela apresenta todas as cores.

III) Muitas vezes percebe-se que as BATATAS sofrem uma mudança de cor quando são expostas a MUITA LUMINOSIDADE durante vários dias, passando a ter uma coloração esverdeada. Esse fato deve-se ao aparecimento CLOROPLASTOS, que se desenvolveram a partir de LEUCOPLASTOS, organelas com função de reserva de amido existentes nas células de batata.

IV) O IODO pode ser utilizado em experiências para comprovar a produção de carboidratos através da fotossíntese. Uma folha de uma planta em contato com solução de iodo pode ter sua cor mudada para o azul, pois o iodo reage com o amido provocando essa alteração.

V) Existe uma diferenção entre CATABOLISMO e ANABOLISMO. Catobolismo é a quebra de substâncias complexas em outras mais simples e anabolismo e a síntese se substâncias a partir de outras. Portanto, a respiração, além de ser um processo exotérmico (pois libera energia na forma de ATP), é um processo catabólico, pois resulta na quebra da glicose em CO2 e H2O. Já a fotossíntese é um processo anabólico, pois é responsável pela síntese de glicose a partir do CO2 e da H2O.

VI) A velocidade de reação da fotossíntese varia de acordo com a intensidade da luz. A produção de oxigênio aumenta com a intensificação da luz até que torna-se constante. Em contrapartida, a velocidade de reação da respiração é constante nos vegetais, NÃO variando com a intensidade da luz.

VII) O "peso seco" (massa seca) nos fornece uma indicação indireta da fotossíntese, por meio da qual há produção de matéria orgânica que pode ser incorporada à massa do vegetal.

VIII) MESÓFILO é o nome dado ao conjunto de tecidos parenquimáticos das células vegetais.

IX) As LENTICELAS são estruturas presentes no caule das plantas, constituídas por tecido morto (suberinizada) e permitem as trocas gasosas com o meio externo. Apresentam, portanto, função semelhante aos estômatos, presentes na epiderme das folhas e em outras partes do vegetal e aos pneumatódios, presentes em raízes respiratórias de plantas de mangue.

X) A raiz apresenta no ápice a coifa, um capuz de células que reveste e protege o meristema apical. Logo acima tem a zona lisa formada por células embrionárias indiferenciadas responsáveis pelo crescimento da raiz. Acima da zona de crescimento, encontra-se a zona pelífera, células epidérmicas dotadas de pêlos absorventes, responsáveis pela absorção de grande parte de água e sais minerais do solo.

Rota Histórica- Revolução Francesa (1789-1799)

Na Ámerica um novo país se formava. Os Estados Unidos da América voltavam-se agora para os problemas internos, que resultaria posteriormente na Guerra de Secessão. Na Europa, porém, as revoltas começavam a borbulhar.

A Europa insular, Inglaterra, vivia em plena Revolução Industrial. O parlamentarismo, vencedor da Revolução Puritana e Gloriosa, vigorava. Enquanto isso, na Europa continental, a crise do antigo regime iniciava-se. Sob influência das ideias iluministas e da independência dos Estados Unidos, aquilo que se tornaria a Revolução Francesa tomava forma.

A revolução que teve como epicentro a França, surtiu efeito em praticamente toda a Europa e também influenciou as revoltas da caráter separatista no Brasil, como a Inconfidência Mineira.

Os motivos da Revolução Francesa são claros:
- Excessiva centralização política, em que o poder do rei Luís XVI valia-se do Direito Divino e da estrutura política herdada do seu antecessor (sem Congresso/ sem Assembleia). A expressão "O Estado sou eu" caracteriza bem o despotismo.
- Privilégios exagerados ao clero e à nobreza.
- Manutenção de regras econômicas medievais - na zona URBANA ainda prevalecia as oficinas e na zona RURAL, a servidão.
- Alto custo para manter o Estado, resultando em altos impostos.
- Marginalização social: fome, miséria.

A população francesa era a maior da Europa e não podia ser sustentada adequadamente. A rica e progressista burguesia era completamente excluída do poder político. Os camponeses voltavam-se contra a servidão aos senhores feudais. As ideias revolucionárias de filósofos tornavam-se cada vez mais difundidas pela França. Para completar a crise, a participação da França na Guerra de Independência das 13 Colônias Americanas esvaziou os cofres públicos.

ETAPAS DA REVOLUÇÃO.

1) Formação da Assembleia dos Estados Gerais.
Visando conter a crise política, econômica e financeira em que mergulhava a França, o controlador geral das finanças, Calonne, convocou a Assembleia dos Notáveis e propôs ao clero e à nobreza que passassem a contribuir com os impostos. Certamente, não houve acordo. O controlador foi substituído, posteriormente, por Jacques Necker e por ele foi convocada a Assembleia dos Estados Gerais, composta pelo primeiro, segundo e terceiro estados.
A votação, porém, era por estado e, portanto, os direitos da nobreza e do clero seriam mantidos. O terceiro estado passou, então, a reivindicar por votação individual.

Nota: O Terceiro Estado era composto pelos San Cullotes (miseráveis), Girondinos (alta burguesia- moderados), Pântano (média burguesia- indefinidos) e pelos Jacobinos (pequena burguesia- radicais).

2- Revolução Francesa iniciava-se no campo pelas revoltas dos camponeses denominadas Jacqueries (sim, é o mesmo nome dado às revoltas camponeses na Guerra dos 100 anos na França). Na cidade ocorreu a tomada da Bastilha, símbolo do absolutismo francês.
O exército se reuniu aos revoltosos dando a eles força absoluta.

Em 1791 a nova Constituição Francesa ficava pronta. A França passava a ser uma MONARQUIA CONSTITUCIONAL, em que o poder Executivo caberia ao rei e o Legislativo à Assembleia. A obra da Assembleia Constituinte completou os dizeres da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, abolindo o feudalismo, suprimindo as antigas ordens sociais e estabelecendo a igualdade civil. Os bens da Igreja foram nacionalizados para obter crédito para o pagamento das dívidas que se agravaram com a revolução.

3- Proclamação da República.
Uma nova Assembleia tomava posse: a CONVENÇÃO. Internamente, ela estava dividida entre GIRONDINOS E JACOBINOS.

Girondinos: partido representativo da alta burguesia, pretendiam uma República burguesa na França e a difusão da Revolução pela Europa (posteriormente essa ideologia seria atendida por Napoleão Bonaparte).

Jacobinos: pequena burguesia apoiada pela Comuna de Paris, liderados por Robespierre, queriam maior participação política e poder econômico para as baixas camadas da população e restrição do movimento revolucionário à França, para a sua consolidação.

Pela Convenção, o rei foi condenado a morte por traição, já que tentara um contra-golpe à revolução.

4- Governo Jacobino e o Terror.
As derrotas nas guerras externas permitiram a ascensão da ala mais radical dos jacobinos, os mantanheses. O governo jacobino impôs o EDITO DO MÁXIMO (tabelamento dos preços máximos). Taxou os ricos, obrigando-os a pagar mais impostos. A educação tornou-se livre e obrigatória.
Foi implantado o Terror. Todos aqueles que eram contra o governo dos jacobinos eram guilhotinados.

5- Girondinos no Poder.
As vitórias deram mais segurança à população francesa e abalaram o governo dos jacobinos, dando possibilidade para a ascenssão dos girondinos. As medidas jacobinas foram abolidas: o Edito do Máximo, as leis sociais e os esforços para igualdade econômica. A Convenção foi dispensada e o poder Legislativo passou a ser exercido por um DIRETÓRIO composto por 5 membros.
A incapacidade do Diretório em conter as revoltas, tanto das baixas camadas quanto da aristocracia, criou condições para que o comandante militar Napoleão Bonaparte, com o apoio da burguesia e do Exército, assumisse o poder.

Em 1779 o GOLPE 18 BRUMÁRIO põe fim ao Diretório. Napoleão viria a difundir a Revolução por toda a Europa através de um governo pessoal (o Consulado) que tornar-se-ia ainda mais despótico com a implantação do Império.

Nota:
Europa Insular
- Revolução Gloriosa (sec XVII)
Não houve participação popular,
Ajuste no interior no Estado,
Não houve guerra civil,
Ampliação dos direitos políticos: direito de voto/ participação política.

Europa Continental
- Revolução Francesa (sec XVIII)
Participação popular,
Ajuste dentro e fora do Estado,
Houve guerra civil,
Ampliação dos direitos sociais: ao trabalho/ pensão/ etc.
.
.
.
.

Rota Histórica- Independência dos Estados Unidos.

Posteriormente à Guerra dos 100 anos, a Inglaterra e a França voltaram a se enfrentar na Guerra dos 7 anos (1756-a763), guerra que teve como motivo a disputa por territórios, entre eles o norte da colônia britânica na América, ocupada por colonos franceses. A superioridade bélica da Inglaterra fez-se valer, porém, apesar de vencer, mergulhou em uma forte crise econômica devido aos gastos militares.

Visando recuperar sua economia, a Inglaterra adotou uma nova política administrativa as suas colônias, caracterizada pelo arrocho do pacto colonial. Até então, as 13 colônias britânicas possuíam autonomia econômica e até mesmo as colônias do sul, que dependiam totalmente do mercado externo, principalmente do mercado inglês, gozavam de certa autonomia, pois tinham relações comerciais com diversos países. Este fato é marcado principalmente com os triângulos comerciais organizados pela Nova Inglaterra, envolvendo 3 países/regiões e 3 produtos distintos.

Visando superar a crise enconômica, a Inglaterra institui nas suas colônias os famosos Atos Ingleses, dentre eles:
- Lei do Açúcar: taxava o açúcar que não fosse produzido nas Antilhas, diminuindo a concorrência do açúcar americano.
- Lei do Selo: fixação de selos em documentos legais, contratos, jornais etc.
- Lei do Aquartelamento: os colonos deveriam alojar, fornecer os víveres e parte do transporte às tropas inglesas remetidas para a colônia.

Os colonos americanos exigiam a revogação dos Atos e no máximo conseguiam a sua diminuição e raramente a anulação. Porém, outra lei reiniciou a crise:
- Lei do Chá: dava o monopólio do chá à Cia. das Índias Orientais, na qual vários políticos ingleses tinham interesses econômicos.

Em represália à última lei, comerciantes fantasiados de índios destruíram várias caixas de chá, tiradas dos porões dos barcos estacionados no porto, evento conhecido como Boston Tea Party. Em contrapartida, a Inglaterra baixou as Leis Intoleráveis (1774), que interditavam o porto de Boston até o ressarcimento dos prejuízos, aquartelamento de tropas na cidade de Boston, dentre outras medidas. Além dos prejuízos aos comerciantes, os agricultores também foram afetados pelos Atos Ingleses. O Ato de Quebec passou para o controle do governador de Quebec grande parte das terras disponíveis do Centro- Oeste. Era de pretensão inglesa evitar a conquista de novas terras a oeste, facilitando o controle dos colonos na faixa litorânea.

As Leis Intoleráveis determinaram a convocação do Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774), de caráter não-separatista, que enviou ao Parlamento e ao rei uma petição pedindo a revogação das Leis Intoleráveis. Nada resolvido. Em 1775 foi convocado o Segundo Congresso Continental de Filadélfia, agora de caráter separatista. George Washington, que viria a ser o primeiro presidente norte americano, foi nomeado comandante das forças americanas e Thomas Jefferson foi encarregado de redigir a Declaração da Independência.

O apoio francês foi decisivo na conquista da vitória pelos americanos, apoio dado porque visava reconquistar os territórios perdidos a Inglaterra na Guerra dos 7 anos. Em 1787 a Constituição determinava o regime republicano presidencialista, com a divisão de poderes baseada em Montesquieu. A Revolução Americana serviu de exemplo para a Independência de outras colônias americanas, a exemplo do Brasil. Sua Declaração dos Direitos do Homem foi o modelo para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na Revolução Francesa.

Rota Histórica - 13 Colônias Inglesas.

A conquista do Novo Mundo visava encontrar novas terras que complementassem a economia das metrópoles, seguindo os ideais do mercantilismo. A região norte, do continente norte-americano, porém, por estar aproximadamente na mesma latitude que a Inglaterra, possuia clima semelhante ao da colônia (clima temperado), ou seja, o seu potencial agrícola era o mesmo ao da Inglaterra; não havia produção complementar, motivo pelo qual, a região norte e centro-norte foi denominada como "colônia de povoamento". A região sul, porém, possui clima tropical propiciando a formação de plantations- latifúndio, monocultura e trabalho escravo- voltadas para os interesses do mercado externo. Portanto, enquanto a Nova Inglaterra caracterizou-se como colônia de povoamento, a região sul, colônia de exploração.

Inicialmente, o povoamento das 13 colônias restringiu-se à faixa litorânea, devido ao isolamento da porção oeste pelos Montes Apalaches (formação terciária). Após a sua independência (1776) iniciou-se a corrida para o Oeste, tendo como justificativa o Destino Manifesto: os americanos foram predestinados por Deus a colonizar e povoar as terras que se estendem até o Pacífico e levar seus valores aos outros povos. A religião, portanto, foi um fator indispensável que impulsionou a conquista de novos territórios.

A maioria dos habitantes norte-americanos eram protestantes e, portanto, viam o lucro e a riqueza como consequência de uma escolha divina. Além do Destino Manifesto e da influência do protestantismo, a descoberto do ouro na Califórnia também foi um fator decisivo na corrida para o oeste.

Rota Histórica- Guerra dos 100 anos.

A Inglaterra entrou tardiamente na corrida imperialista por novos territórios na América, iniciada desde o século XV por Portugal e posteriormente pela Espanha. O motivo está no seu envolvimento na Guerra dos Cem Anos (1331- 1453) que também tardou a França a entrar na corrida imperialista. A disputa entre os dois países europeus, apesar de desastrosa economica e socialmente, representou, para ambos, a formação de uma monarquia nacional, fator indispensável para possibilitar a conquista pelos mares. O conflito teve como motivo a disputa pelo trono francês e o domínio por Flandres, região hoje correspondente à Bélgica e à Holanda, grande produtora de tecidos.
As primeiras batalhas foram vencidas pela Inglaterra que tinha apoio dos comerciantes de Flandres por terem laços comerciais com os ingleses. Apesar da superioridade numérica e bélica da Inglaterra, a sua vitória não se concretizou, pois surgia nessa época um dos fatores da Trilogia Europeia: a peste negra, que dizimou aproximadamente um quarto de toda a população da Europa.
A situação social da França estava desoladora. A falta de recursos, os pesados tributos e as fracas colheitas motivaram as lutas dos camponeses, as chamadas jacqueries. Em meio aos conflitos no meio rural e urbano surge Joana d' Arc que, por vencer algumas batalhas contra os ingleses, criou um sentimento nacionalista entre os franceses.
Em 1453, um tratado de paz encerrava a Guerra dos Cem Anos.

Economica e socialmente não houve ganhadores. Porém, a Guerra dos Cem anos permitiu a formação de uma monarquia nacional na França e na Inglaterra. Nessa, a Guerra das Duas Rosas veio consolidar o poder real e naquela, as guerras religiosas entre católicos e huguenotes tardou o prosseguimento da consolidação da monarquia nacional, mas não a impediu.

Tanto a França quanto a Inglaterra foram contra ao Tratado de Tordesilhas que dividiu as conquistas territoriais entre Portugal e Espanha. Dedicaram-se, por isso, à pirataria , furtando embarcações espanholas e portuguesas que transportavam riquezas das colônias as suas metrópoles. A pirataria, ao lado do ouro brasileiro concedido por Portugal como pagamento pelas dívidas com os ingleses, financiou a Revolução Industrial da Inglaterra posteriormente.

Rota Histórica- África.

Marrocos, apenas 16 Km separa-no da Espanha. Através do Estreito de Gibraltar muitos africanos (não quero aqui generalizá-los) aventuram-se em um país xenófobo- assim como a grande maioria dos países europeus, que devido à crise financeira de 2008, dificultou ainda mais a entrada de imigrantes ilegais e também legais. A Cadeia do Atlas (origem terciária) isola parte do país do deserto do Saara, por isso é menos quente e seco comparado ao restante da África. Ao lado da Argélia e da Tunísia constitui o grupo de países conhecidos por Magrabe. Os três países são atravessados pela Cordilheira do Atlas e fazem parte do chamado "mundo árabe-muçulmano". Além dessas, existe outra semelhança: foram colônias francesas e só conseguiram sua independência após a Segunda Guerra Mundial.

Dos países pertencentes ao Magrebe, a Argélia possui maior destaque já que faz parte do grupo dos países exportadores de petróleo (OPEP) ao lado, também, de outros países africanos: Angola, Líbia e Nigéria. Dentre esses, ganha ainda mais destaque a Angola.

O país angolano é o maior produtor de petróleo no continente e desde 2005 apresenta um crescimento superior a 15% ao ano. Porém, desolado por uma guerra civil iniciada após a sua independência, esse crescimento, financiado pela exportação do petróleo, pouco modificou a crise social em que o país vive. A fome, doenças e guerrilhas ainda são notícias constantes.
A guerra civil angolana pode-se enquadrar no contexto da Guerra Fria, já que após a sua independência, houve a disputa pelo poder entre 3 grupos partidários que representavam, em síntese, a posição americana capitalista e a soviética socialista.
Iniciada em 1975, as lutas armadas entre os grupos de oposição resultou em milhares de mortos, em quase um milhão de refugiados e arruinou a economia angolana. Hoje, o país tenta se reconstruir a partir da exploração do petróleo, com o "auxílio", principalmente, da China.


Localizada no Extremo Oriente, a China, desde a abertura econômica iniciada por Deng Xiaoping, vem sendo destaque na nova ordem mundial. Dividida didaticamente em 5 regiões, a China conta com uma vasta riqueza mineral. A região da Mandchúria, por exemplo, região que durante a Segunda Guerra Mundial fora invadida pelo Japão, apresenta em grandes quantidades ferro e carvão. A região do Sinkiang tem como seu grande destaque o petróleo. Apesar de ser favorecida geologicamente, a extração mineral chinesa não suporta a velocidade com que sua economia cresce atualmente.

A China vive ameaçada por um colapso energético e esse é o motivo pelo qual o país oriental aventura-se na África, principalmente na Angola, em busca de minérios e petróleo que sustentem seu desempenho econômico. Em troca dos produtos, os chineses constroem pontes, estradas, hidroelétricas, hospitais e escolas. Além disso, a China oferece vantajosos empréstimos aos africanos. Em busca de combustível fóssil para alimentar sua numerosa frota de veículos (destinado 60% do petróleo consumido) , a China se tornou o maior importador de petróleo da Arábia Saudita, ultrapassando os Estados Unidos. A dependência pelo combustível é tanta que, mais da metade do petróleo consumido pela China em 2009 foi importado (não apenas da Arábia Saudita), dependência esta considerada preocupante.