terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Dicas Botânica.
As relações entre os seres vivos.
Não existe desvantagem para nenhuma das espécies consideradas e há benefício pelo menos para uma delas.
A) RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS ( homotípicas)- são aquelas que ocorrem entre organismos de uma mesma espécie.
I) COLÔNIAS: são constituídas por organismos de uma mesma espécie que se mantêm anatomicamente unidos entre si. A formação das colônias é determinada por um processo repeodutivo assexuado, o brotamento (ou gemulação).
* Colônias homomorfas: Tais colônias são constituídas por indivíduos iguais que realizam as mesmas funções, ou seja, não existe a chamada divisão de trabalho.
ex: colônias de espongiários, de protozoários, de cracas (crustáceos), recifes de corais (celenterados) etc
cracas (colônia homomorfa)
* Colônias heteromorfas: são constituídas por indivíduos morfologicamente diferentes, com funções distintas, caracterizando a chamada divisão de trabalho fisiológico. Quando formadas por dois tipos de organismos, tais colônias são chamadas de dimórficas. Como exemplo, citaremos a Obelia, uma colônia de celenterados, na qual aparecem dois tipos de indivíduos: gastrozóides, para a nutrição, e gonozóides, para a reprodução.
Colônias polimórficas são estruturadas por vários tipos de indivíduos adaptados a distintas funções. Como exemplo clássico aparecem as 'caravelas', complexas colônias de celenterados. Uma caravela apresenta um pneumatófaro, vesícula cheia de gás que funciona como flutuador. Dela partem indivíduos especializados para nutrição (gastrozóides), reprodução (gonozóides), natação (nectazóides) e defesa (dactilozóides).
II) SOCIEDADE: são associações de indivíduos da mesma espécie que não estão unidos, ou seja, ligados anatomicamente, e formam uma organização social que se expressa através do cooperativismo (divisão de trabalho).
Sociedades altamente desenvolvidas são encontradas entre os insetos sociais, representados por cupins, vespas, formigas e abelhas.
B) RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS ( heterotípicas).
São aquelas que ocorrem entre organismos de espécies diferentes.
I) Protocooperação.
Também conhecida como cooperação, trata-se da associação entre duas espécies diferentes na qual ambas se beneficiam; contudo, tal associação não é indispensável à sobrevivência, podendo cada espécie viver isoladamente.
a) caranguejo bernado- eremita e anêmona.
O caranguejo bernado trata-se de um crustáceo marinho que apresenta o abdômen mole e desprotegido de exoesqueleto.
A fim de proteger o abdômen, o bernardo vive no interior de uma concha vazia de um caramujo. Sobre a concha aparecem anêmonas, celenterados (pólipos) providos de tentáculos que eliminam substâncias urticantes. A anêmona é transportada por ele, o que facilita a captura de alimento; em troca, protege, através de seus tentáculos, o crustáceo contra a ação de predadores.
b) Pássaro- palito e crocodilo.
O pássaro-palito penetra na boca dos crocodilos, nutrindo-se de restos alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A vantagem é mútua porque, em troca do alimento, o pássaro livra o crocodilo dos parasitas.
c) Anu e gado.
O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos existentes na pelo do gado, capturando-os diretamente. Em troca, o gado livra-se dos indesejáveis parasitas.
II) Mutualismo: Trata-se de uma associação íntima com beneficiamento mútuo. É mais íntima do que a protocooperação, pois é necessária á sobrevivência das espécies que não podem viver isoladamente.
a) Líquenes: ASSOCIAÇÃO DE FUNGOS E ALGAS (cianobactérias ou clorofíceas)
b) Micorriza: ASSOCIAÇÃO DE FUNGOS E RAÍZES.
c) Bacteriorriza: ASSOCIAÇÃO DE BACTÉRIAS E RAÍZES.
Associação entre as bactérias do gênero Rhizobium e as raízes de leguminosas. Importante para o ciclo do nitrogênio.
d) Cupins e protozoários: Os térmitas ingerem a madeira, mas não conseguem diferir a celulose, pois não possuem a celulase, enzima que a digere. No tubo digestório do cupim, existem protozoários flagelados capazes de realizar tal digestão.
e) Bactérias e ruminantes: na primeira cavidade do estômago dos ruminantes (pança) encontram-se bactérias simbiontes que, por meio da fermentação, degradam a celulose.
III) Comensalismo:
No comensalismo, uma espécie chamada comensal se beneficia, enquanto a outra, chamada hospedeira, não leva nenhuma vantagem.
Um caso típico é a rêmora, ou peixe-piolho, que vive como comensal do tubarão;
IV) Inquilinismo:
É a associação em que uma espécie (inquilino) procura abrigo ou suporte no corpo de outra espécie (hospedeira), sem prejudicá-la.
a) O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de predadores abrigando-se no interior dos pepinos-do-mar, sem prejudicá-los.
b) Epífitas são plantas que crescem sobre os troncos de plantas maiores, sem parasitá-las.
São epífitas as orquídeas e bromélias, que, vivendo sobre árvores, obtém maior suprimento de luz solar.
RELAÇÕES DESARMÔNICAS.
Caracterizam-se por beneficiar um dos associados e prejudicar o outro.
I) RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS (homotípicas).
b) CANIBALISMO:
Canibal é o indivíduo que mata e come o outro da mesma espécie.
O canibalismo pode ocorrer em ratos, quando existe falta de espaço.
II) RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS (heterotípicas):
a) COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICA:
A competição entre espécies diferentes se estabele quando tais espécies possuem o mesmo habitat e o mesmo nicho ecológico.
b) PREDATISMO:
Predador é o indivíduo que ataca e devora outro, chamado presa, pertencente a espécie diferente.
c) AMENSALISMO:
Amensalismo é um tipo de associação em que uma espécie, chamada amensal, é inibida no crescimento ou na reprodução por substâncias secretadas por uma outra espécie, chamada inibidora.
A relação pode ser exemplificada pelos dinoflagelados causadores da maré-vermelha.
Outro caso é representado pelos fungos (inibidores) que produzem antibióticos, impedindo o desenvolvimento de bactérias (amensais).
d) PARASITISMO:
Neste caso, uma das espécies, chamada parasita, vive na superfície ou no interior de outra, designada hospedeiro. O parasita alimenta-se do hospedeiro, podendo até matá-lo.
Ecologia.
I) Conceito de Ecossistema: conjunto formado por um ambiente físico (abiótico/biótopo) - constituído por fatores químicos ambientais e físicos- e por um abiente vivo (biótico/biocenose).
Os ecossistemas são sistemas EQUILIBRADOS. Assim, por exemplo, um ecossistema consome certa quantidade de gás carbônico e água, enquanto produz um determinado volume de oxigênio e alimento. Qualquer mudança na entrada ou saída desses elementos desequilibra o sistema, alterando a produção de alimento e oxigênio.
BIOSFERA: Conjunto de todos os ecossistemas existentes na Terra.
Conceito da Habitat: termo usado para designar o lugar específico onde o organismo vive, uma espécie de "endereço".
Conceito de Nicho: expressão usada para designar o papel que o organismo exerce no ecossistema, uma espécie de "profissão". A exemplo: hábitos, alimentação, reprodução.
Nicho ecológico é uma característica EXCLUSIVA de cada espécie. Os nichos de duas espécies diferentes podem ser semelhantes, mas NUNCA iguais.
As condições naturais do habitat podem ser reproduzidas; as do nicho nunca. Essa diferenciação tem sudo muito útil, principalmente na manutenção de animais em cativeiro.
Os Níveis de Organização em Ecologia.
POPULAÇÃO: Conjunto de indivíduos da mesma espécie, vivendo juntos no tempo e no espaço.
COMUNIDADE (biocenose): Conjunto de populações de espécies diferentes interdependentes no tempo e no espaço.
II) AS CADEIAS ALIMENTARES.
Cadeia alimentar, ou cadeia trófica, é uma sequência de seres vivos na qual uns comem aqueles que os antecedem na cadeia, antes de serem comidos por aqueles que os seguem. A cadeia mostra a transferência de matéria e energia através de uma série de organismos.
PRODUTORES: O primeiro nível trófica é constituído pelos seres autótrofos, também conhecidos como produtores. São capazes de sintetizar matéria orgânica através de substâncias minerais e fizar a energia luminosa sob a forma de energia química. Os organismos desse nível são as plantas verdes, as cianofíceas (algas azuis) e algumas bactérias, que devido a presença de pigmentos fotossintetizantes (bacterioclorofilas) são capazes de absorver energia luminosa.
As bactérias quimiossintetizantes não utilizam energia luminosa e nem água no seu processo de obtenção de energia, portanto, não sao consideradas produtores.
CONSUMIDORES PRIMÁRIOS: São os organismos que comem os produtores, denominados herbíoros.
CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS-TERCIÁRIOS...: São os organismos carnívoros.
DECOMPOSITORES: Finalizando a cadeia trófica, aparecem os decompositores, biorredutores ou saprófagos, microorganismos representados por bactérias e fungos. Tais organismos atacam os cadáveres e os excrementos, decompndo-os. São muito importantes, visto que realizam a reciclagem da matéria, devolvendo os elementos químicos ao meio ambiente.
III) TEIAS ALIMENTARES: Em um ecossistema, as cadeias alimentares interagem formando redes alimentares. Na teia, representamos o máximo de relações tróficas existentes entre os diversos seres vivos do ecossistema e observamos que um animal, por exemplo, pode pertencer a níveis tróficos diferentes. É o caso dos onívoros, que consomem simultaneamente animais e vegetais, e dos carnívoros, que atacam variadas presas.
IV) O FLUXO DE ENERGIA NOS SERES VIVOS.
Características do fluxo energético:
A) O Sol é a fonte de energia para os seres vivos
B) A maior quantidade de energia está nos produtores.
C) À medida que nos afastamos do produtor, o nível energético vai diminuindo.
D) A energia que sai dos seres vivos não é reaproveitada.
E) O fluxo energético é unidirecional
1.1. Produtividade primária bruta-
Produtuvidade primária bruta é a quantidade de compostos orgânicos produzidos pelos vegetais fotossintéticos, por unidade de área e tempo.
1.2- Produtividade primária líquida-
É a produtividade primária bruta menos a quantidade de energia consumida pelo vegetal através da respiração.
Em organismos produtores, a energia primária líquida é a diferença entre a energia primária bruta, energia produzida a partir da fotossíntese, e a energia perdida com a respiração. É possível observar, porém, diferenças entre a eficiência dos produtores de ambientes marinhos e produtores de ambientes terrester. Algas, por exemplo, apresentam maior disponibilidade de nutrientes e menor taxa de consumo; já uma floresta tropical apresenta nutrientes limitados e maiores gastos, devido ao seu porte maior em relação às pequenas algas marinhas.
2.1- Produtividade secundária bruta-
É a quantidade de energia obtida pelos consumidores primários ao comerem os produtores.
2.2- Produtividade secundária líquida-
Trata-se da produtividade secundária bruta menos a energia dispendida na respiração dos consumidores primários.
3.1- Produtividade terciária bruta-
É a energia obtida pelo consumidores secundários ao ingerir os consumidores primários.
3.2- Produtividade terciária líquida-
É a produtividade ternciária bruta menos a energia dispendida na respiração dos consumidores secundários.
V) AS PIRÂMIDES ECOLÓGICAS.
São representações gráficas das cadeias alimentares.
A) Pirâmide de números
Como é possível observar, a superposição dos retângulos em uma pirâmide ecológica de número não segue a uma ordem. Assim, uma única árvore pode ser infestada por 300 pulgões, que por sua vez, são infestados por 800 protozoários. Neste caso, a base da pirâmide (representada pelos produtores) ficaria mais fina, enquanto que os retângulos seguintes (consumidores primários e secundários) seriam mais largos.
A pirâmide de números não tem muito valor descritivo porque dá igual importância aos diversos indivíduos, sem considerar o tamanho e o peso.
B) Pirâmide de biomassa (massa orgânica do ecossistema).
A primeira pirâmide representa um caso típico pirâmide de biomassa, já que geralmente a quantidade de matéria orgânica diminui do produtor até o último consumidor.
Porém, há exceções encontradas em ecossistemas marinhos, em que o FITOPLÂNCTON (algas microscópicas) tem uma biomassa INFERIOR á do ZOOPLÂNCTON (animais microscópicos). mas uma velocidade de renovação (reprodução) muito mais rápida.
A pirâmide de biomassas é melhor do que a pirâmide de números por indicar, para cada nível trófico, a quantidade de matéria viva existente. Contudo, tal pirâmide atribiu a mesma importância aos diversos tecidos, embora tenham valores energéticos diferentes; não leva em conta o fator tempo, uma vez que as biomassas podem ter sido acumuladas em alguns dias, como é o caso do fitoplâncton, ou em centenas de anos, como é o caso das florestas.
C) Pirâmide de energia-
A melhor representação da cadeia alimentar é a pirâmide de energia.
Tal pirâmide apresenta SEMPRE o vértice para cima.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Fungos.
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas enzimas quebram as moléculas orgânicas em moléculas menores, que são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
Os fungos, ao lado das algas, compõem o grupo dos decompositores e exercem papel importante na reciclagem dos nutrientes. A matéria orgânica por eles decomposta volta ao meio ambiente e pode ser reutilizada pelos vegetais, que são a base da cadeia alimentar.
Apesar da grande importância para a natureza, muitos fungos são responsáveis pelo apodrecimento de frutas, de madeira, de tecidos e podem, também, causar doenças às plantas e aos animais, inclusive aos homens. A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é uma parasitose provocada por fungos, que necrosa as folhas das plantas, deixando pontinhos pretos nos locais onde agiu.
Em muitos casos, os fungos parasitas de plantas possuem hifas especializadas- os haustórios- que penetram no interior da célula vegetal utilizando como meio de entrada os estômatos. Das células das plantas, captam a matéria orgânica para a sua nutrição.
Algumas plantas formam micorrizas naturalmente: tomateiro, morangueiro, macieira e as gramíneas em geral.
As micorrizas são muito frequentes, também, em plantas típicas de ambientes com o solo pobre de nutrientes, como o cerrado brasileiro. Nesse caso, as micorrizas significam um importante fator de adaptação, melhorando as condições de nutrição das plantas.
Certos grupos de fungos podem estabelecer relações mutualísticas com as cianobactérias ou com as algas verdes (cianofíceas), dando origem a organismos denominados líquenes.
ECONOMIA.
Muitos fungos são aeróbios, isto é, realizam respiração, outros, porém, são anaeróbios e realizam fermentação.
Alguns fungos que realizam fermentação são utilizados no precesso de fabricação de bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão. Nesses processos o fungo utilizado pertecene à espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar o açúcar em alcool etílico e gás carbônico (fermentação alcoólica), na ausência de oxigênio. Na presença de oxigênio, realizam respiração. São, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Alguns fungos são usados na indústria de laticínios, empregados, por exemplo, na fabricação do queijo Camembert e Roquefort.
Algumas espécies de fungos são utilizados diretamente como alimento pelo homem. É o caso do popular champignon ou cogumelo, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.
DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS.
As micozes são doenças causadas por fungos. As mais comuns aparecem na pele, podendo se manisfestar em qualquer parte do corpo.
As micoses podem afetar também as mucosas, como a da boca. É o caso do sapinho, muito comum em crianças.
Existem também fungos que parasitam o interior do organismo, como é o caso do fungo causador do histoplasmose, doença grave que ataca os pulmões.
Os fungos podem ser unicelulares, como é o caso do Saccharomyces, ou pluricelulares.
Os fungos pluricelulares possuem uma característica morfológica que os diferenciam dos demais seres vivos. Seu corpo é constituído por dois componentes: o CORPO DE FRUTIFICAÇÃO (formado a partir do micélio reprodutivo), responsável pela reprodução do fungo, por meio de células reprodutoras especiais- os esporos; e o MICÉLIO, constituído por uma trama de filamentos, em que cada filamento é denominado HIFA.
Na maioria dos fungos a parede celular é complexa e revestida de quitina, a mesma substância do exoesqueleto dos artrópodos.
A carboidrato de reserva da maioria dos fungos é o GLICOGÊNIO, do mesmo modo que acontence com os animais.
REPRODUÇÃO NOS FUNGOS.
reprodução assexuada:
FRAGMENTAÇÃO: É a maneira mais simples de reprodução nos fungos. Um micélio se fragmenta, originando novos micélios.
BROTAMENTO: As leveduras do gênero Sccharomyces cerevisae se reproduzem pro brotamento ou gemulação. Os brotos (gêmulas) podem se destacar do genitor, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células.
ESPORULAÇÃO: Nos fungos terrestres, os corpos de frutificação, produzem em abundância, por mitose, esporos, células leves, que são espalhadas pelo meio. Cada esporo é capaz de, ao cair em um ambiente propício, gerar, sozinho, um novo bolor, mofo etc.
Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos, uma adaptação à dispersão em meio líquido. Por serem móveis e nadarem ativamente, esses esporos são denominados zoosporos.
reprodução sexuada.
Em certos fungos aquáticos há a produção de esporos flagelados, que se fundem e geram zigotos que produzirão novos indivíduos.
Nos fungos terrestres, a reprodução sexuada se inicia com a fusão de hifas haplóides, caracterizando a plasmogamia ( fusão de citoplasmas). Os núcleos haplóides geneticamente diferentes, provenientes de cada hifa parental, permanecem separados (fase heterocariótica n+n)
Posteriormente a fusão nuclear (cariogamia) gera núcleos diplóides que, dividindo-se por meiose, produzem esporos haplóides. Esporos formados por meiose são considerados sexuados (pela variedade decorrente do processo meiótico).
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Os Líquenes
Os líquenes são vegetais pioneiros, muito resistentes, que vivem sobre rochas, troncos de árvores etc. Quando vivem sobre rochas, produzem ácidos que promovem a sua decomposição, preparando o solo para a vinda de outros vegetais.
A reprodução destes seres é feita assexuadamente, por meio de SORÉDIOS ou PROPÁGULOS, que são verdadeiros fragmentos do corpo do líquen, constituídos por hifas do fungo que envolvem algumas células da alga.
Os sorédios são transportados pelo vento e originam novos líquenes, quando caem em ambientes favoráveis.
Os líquenes, são capazes de sobreviver em diferentes habitats e são muito sensíveis a substâncias tóxicas, particularmente o dióxido de enxofre, sendo, por isso, úteis como indicadores da poluição do ar atmosférico.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Reino Protista- Protozoários.
a) RIZÓPODOS ou SARCODÍNEOS - movimentam-se por emissão de pseudópodos.
b) FLAGELADOS ou MASTIGÓFOROS- apresentam locomoção por batimento de flagelos.
c) CILIADOS- locomoção por cílios.
d) ESPOROZOÁRIOS - não se movimentam e são todos parasitas.
1- RIZÓPODOS ou SARCODÍNEOS.
São unicelulares que se locomovem e alimentam-se por emissão de pseudópodos. São encontrados na água doce (possuem vacúolos pulsáteis) e salgada e alguns são parasitas. São organismos amebiformes, conhecidos genericamente por amebas. A reprodução assexuada é por divisão mitótica da célula (bipartição ou cissiparidade). Na reprodução sexuada a célula, que é diplóide, divide-se por meiose e forma gametas. Estes se unem formando um zigoto que se desenvolve para formar a nova célula.
SARCODÍNEO PARASITA: Entamoeba histolytica
O agente etiológico Entamoeba histolytica é o causador da doença conhecida por AMEBÍASE. Ele se instala no INTESTINO GROSSO e é responsável pela disenteria amebiana, diarréia com fezes ricas em mico e às vezes com sangue, não ocorrendo febre. Podem ocorrer cólicas e vontade frequente de evacuar, mesmo que saiam poucas fezes ou somente muco ou nada seja eliminado. Em casos extremos as amebas atavam o fígado.
O parasita apresenta duas formas:
ATIVA chamada TROFOZOÍTO e outra usada como meio de TRANSMISSÃO, o CISTO eliminado com as fezes do hospedeiro.
O diagnóstico desta protozoose é feito pela identificação, nas fezes do hospedeiro, das formas trofozoítos e cistos.
A trasmissão se dá pela água contaminada com cistos de pessoas infectadas e também pela ingestão de verduras, frutas e outros alimentos contaminados, ou através de moscas.
A profilaxia consiste em proteção dos mananciais contra a contaminação por fezes, adição de cloro e uso de filtros, educação sanitária da população e proteção dos alimentos contra o pouso de insetos.
O ENCISTAMENTO consiste em desidratação do citiplasma, divisão do núcleo e formação de uma membrana resistente capaz de conferir ao cisto resistência contra o dessecamento, variação de temperatura, substâncias químicas, anticorpos do hospedeiro etc. Quando as condições voltam a ser favoráveis, as membranas císticas são desfeitas e o organismo volta à atividade.
2- FLAGELADOS ou MASTIGÓFOROS.
São protozoários que se movimentam por meio de flagelos, são de vida livre, alguns são parasitas e outros são simbiontes, como os representantes do gênero Trichonympha que vivem nos tratos digestórios dos cupins (térmitas), onde promovem a digestão da madeira ingerida por seus hospedeiros.
FLAGELADOS PARASITAS.
I- GIARDÍSE. Agente Etiológico: Giardia intestinalis
A giárdia é um parasita do INTESTINO DELGADO, provocando a giardíase, infecção que se caracteriza por diarréia com fezes amareladas, malcheirosas e espumosas. A diarréia pode ser crônica. Ocorrem cólicas intestinais e barriga inchada devido à formação de gases.
A tramissão é por ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasita.
A profilaxia é realizada com saneamento básico, higiene pessoal e alimentar e tratamento das pessoas infectadas.
II- TRICOMANÍASE. Agente Etiológico: Trichomonas vaginalis
Parasita responsável pela tricomaníase, doença que se caracteriza no homem por uretrite com secreção purulenta e dor durante a micção e na mulher por vaginite, leucorréia e intenso prurido.
A tramissão é feita por contato sexul e pelo contágio direto pela água, toalhas, roupas etc.
Profilaxia: tratamento precoce das pessoas infectadas, uso de proteção durante o ato sexual, higiene pessoal e esterilização de toalhas e roupas.
III- DOENÇA DE CHAGAS. Agente Etilógico: Trypanosoma cruzi
Possui um único flagelo qye acompanha o bordo livre da membrana ondulante.
O flagelado é o responsável pelo Mal de Chagas, que se instala no TECIDO CONJUNTIVO e nas FIBRAS MUSCULARES, especialmente no coração. Há a fase crônica na qual o parasita provoca lesão do miocárdio com dilatação do coração, alteração do ritmo cardíaco e hipotensão. Ocorrem também complicações do trato digestório. O indivíduo morre lenta ou subitamente.
A trasmissão é feita pelas fezes de insetos hemípteros (percevejos) pertencentes aos gêneros Triatoma, conhecidos popularmente por "barbeiros" ou "chupanças". Esses insetos vivem em habitações primitivas, feitas de barro e cobertas por sapé, chamadas de casas de "pau-a-pique", onde as paredes deixam frestas que servem de esconderijos para esses animais. São de hábito noturno.
A entrada do tripanosoma ocorre pela região da picada durante o ato de coçar. A penetração tambémpode ocorrer pela conjuntiva, amanhecendo o indivíduo com o olho inchado, sintoma conhecido como sinal de Romaña.
profilaxia: combate ao agente vetor, melhoria das habitações, uso de mosquiteiros nos locais contaminados e higiene doméstica.
IV- DOENÇA DO SONO. Agente Etiológico: Trypanosoma brusei gambiensis
Agente vetor: mosca hematófaga Tsé-Tsé.
V- LEISHMANIOSE CUTÂNEA MUCOSA. Agente Etiológico: Leishmania brasiliensis.
Este protozoário parasita dois hospedeiros: homem e mosquito.
No homem apresenta a forma leishmânia e no mosquito a forma flagelada chamada leptomona. É responsável pela leishmaniose cutânea-mucosa, que provoca lesões ulcerosas na pela, conhecida em São Paulo por úlcera-de-Bauru.
Agente vetor: mosquito-palha, corcundinha ou Birigüi.
VI- LEISHMANIOSE CUTÂNEA. Agente Etiológico: Leishmania tropica.
Responsável pela leishmaniose cutênea (botão do oriente), doença que provoca lesões no tecido cutâneo.
Agente vetor: mosquito-palha.
3- CILIADOS
Apresentam locomoção por meio de batimento de cílios. São de água doce e marinhos, a maioria de vida livre. Existe apenas um parasita do homem: o Balantidium coli. Este ciliado é parasita do intestino grosso provocando diarréias. A trasmissão é feita pela ingestão de água, verduras e outros alimentos contaminados com os custos do parasita.
Vida livre: Paramécios.
O paramécio vive em água doce, apresentam, portanto, vacúolos pulsáteis.
Citóstoma: abertura bucal que permite a ingestão de partículas alimentares.
4- ESPOROZOÁRIOS.
Não se locomovem e são todos parasitas, multiplicam-se por divisão múltipla formando muitas células conhecidas por esporos.
MALÁRIA, MALEITA, IMPALUDISMO, FEBRE-INTERMITENTE. Agente Etiológico: Plasmodium sp.
Agente vetor: MOSQUITO PREGO, gênero Anopheles
CICLO EVOLUTIVO DO PLASMODIUM
O ciclo realiza-se no mosquito que representa o seu hospedeiro definitivo e no homem que é o hospedeiro intermediário.
CICLO NO MOSQUITO. (hospedeiro definitivo)
No mosquito anofelino ocorre o ciclo sexuado, pois ao ocorre a fecundação e também a esporogonia ou esporulação com a formação das formas infectantes denominadas esporozoítos.
CICLO NO HOMEM. (hospedeiro intermediário)
Aqui ocorre o ciclo assexuado ou esquizogônico. O mosquito ao picar o homem injeta a saliva contendo substâncias anestesiantes e anticoagulantes, inoculando também os esporozoítos.
FASE EXOERITROCÍTICA (Pré- eritrocitária): os esporozoítos caem na circulação sanguínea, atingem o fígado e penetram nos hepatócitos. No interior dessas células hepáticas multiplicam-se por esquizogonia, dando origem aos MEROZOÍTOS, os quais, rompendo os hepatócitos, invadem novas células hepáticas, reiniciando o ciclo. Esta fase dura em torno de 12 dias.
FASE ERITROCÍTICA: ocorre no interior das hemácias. Os MEROZOÍTOS caem na circulação sanguínea e invadem as hemácias (eritrócitos), onde se multiplicam por esquizogonia formando novos merozoítos que, rompendo as células sanguíneas, livram-se, invadem novas hemácias e assim sucessivamente.
Acesso febril: apresenta quatro estágios.
* Os acessos febris coincidem com a roptura das hemácias.
Estágio frio: com duração de 15 minutos a 2 horas. O indivíduo sente muito frio, apresenta tremores, eriçamento dos pêlos, dentes rangendo. Além do frio, apresenta dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Estágio de calor: à medida que a sensação de frio diminui, o doente passa a sentir calor. A temperatura pode chegar a 4o ou 41º C.
Estágio de sudorese: o paciente passa a suar abundantemente, a temperatura do corpo cai e entra em sono.
Estágio sem febre.
As espécies de Plasmódios.
Plasmodium vivax: ciclo eritrocítico de 48 horas. Causa a febre terçã benigna.
Plasmodium falciparum: ciclo eritrocítico irregular de 36 a 40 horas. Causa a febre terçã maligna..
Plasmodium malariae: ciclo eritrocítico de 72 horas. Causa a febre quatã.
Profilaxia: eliminação dos focos do mosquito anofelino com inseticidas ou com controle biológico. Nas áreas onde a malária é endêmica, as habitações devem ser protegidas por telas nas janelas e portas e as camas por mosquiteiros. Uso de repelentes de insetos.
II) TOXOPLASMOSE. Agente Etiológio: Toxoplasma gondii
A toxoplasmose é uma doença transmitida pela ingestão de cistos do protozoário esporozoário Toxoplasma gondii, eliminados pelas fezes de gato.
Reino Protista.
A) PIRROFÍCEAS
Suas células são formadas por placas de celulose impregnadas por CaCO3. Vivem no plâncton e algumas espécies são responsáveis pelo fenômeno da "maré vermelha".
O fenômero "maré vermelha" enquadra-se junto aos fenômenos resultantes da EUTROFIZAÇÃO.
A eutrofização é um processo natural que, por ação humana, torna-se acelerado.
Os ambientes lacustres são componentes temporários na paisagem. Na verdade, são depressões no terreno que foram preenchidas por água e, ao longo do tempo, serão preenchidas com sedimentos provenientes do ambiente terrestre. Além do fluxo de sedimentos, existe um fluxo de nutrientes, principalmente nitrogênio (N) e fósforo (P), que promovem o aumento da produtividade do lago. Esse processo, eutrofização, envolve a passagem do estado OLIGOTRÓFICO (baixa produtividade), para MESOTRÓFICO (média produtividade) e por fim para HIPEROTRÓFICO ou EUTRÓFICO (alta produtividade). A eutrofização ao longo do tempo caracteriza o envelhecimento do lago e é considerado como eutrofização natural.
Atualmente, a alteração do uso do solo na bacia de drenagem dos ecossistemas aquáticos, tem acelerado esse processo. Remoção da vegetação nativa, agricultura (agrotóxicos), pecuária, urbanização e lançamento de efluentes domésticos (esgoto) e industriais são fatores que aumentam quantidade de nutrientes nas águas lacustres. Como consequência, o processo de envelhecimento do lago é acelerado, causando alterações indesejáveis no ambiente aquático, como a FLORAÇÃO de algas nocivas capazes de produzir toxinas e o rápido assoreamento. Esse processo é conhecido como eutrofização artificial.
A eutrofização ocorre também em águas marinhas, sendo, quem sabe, mais prejudicial, já que as toxinas produzidas pelas algas pode matar animais marinhos ou contaminá-los, podendo, ao longo da cadeia alimentar, contaminar também os seres humanos.
O processo de eutrofização não se limita ao acúmulo de nutrientes e na floração de algas toxicas. Ao longo do tempo, esse aumento de biomassa resulta na diminuição de oxigênio, ocasionando a morte de animais marinhos e por fim, no aumento de organismos anaeróbios obrigatórios ou facultativos.
D.B.O. significa Demanda Bioquímica de Oxigênio, ou seja, é a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar a matéria orgânica. Quanto menor o nível do DBO, menos poluente é o efluente.
B) CRISOFÍCEAS.
São seres planctônicos, unicelulares, isolados ou coloniais. A celúla é protegida por uma carapaça de sílica (SiO2). São importantes produtores do plâncton.
C) EUGLENOFÍCEAS.
Seres unicelulares, sendo a maioria de água doce. O gênero mais conhecido é EUGLENA. Os cloroplastos possuem clorofilas a e b, o que ocorre tambpem nos vegetais terrestres; a reserva é o PARAMILO, polissacarídeo exclusivo das euglenas. Eliminam o excesso de água dao interior das células por meio das contrações dos vacúolas pulsáteis.
D) CLOROFÍCEAS (algas verdes).
E) FEOFÍCEAS (algas pardas) .
São pluricelulares, com o corpo organizado num esboço de raiz (rizóides), caule ( caulóides) e folha (filóides). O corpo é revestido por uma mucilagem chamada ALGINA. Essa mucilagem é extraída das algas pardas e utilizada na fabricação de sorvetes, caramelos e cosméticos. Vivem fixas no fundo (bentônicas).
F) RODOFÍCEAS (algas vermelhas).
São pluricelulares, principalmente marinhas, fixando-se no fundo. As algas vermlehas podem forncer uma mucilagem chamada ÁGAR, utilizada como meio de cultura para bactérias e na indústria farmacêutica, na preparação de laxantes.
Algumas espécies revestem-se de CaCO3, tornam-se rígidas e fazem parte da formação dos recifes de corais (animais celenterados).
Reino Monera.
Todos os seres são procariontes, portanto não apresentam envoltório nuclear (carioteca) e nem organelas citoplasmáticas membranosas, ou seja, apresentam apenas ribossomos, que não apresentam membranas.
A clorofila existe em algumas espécies de bactérias (bacterioclorofilas).
Aém da clorofila, as cionofíceas possuem ficocianina na parte periférica do citoplasma.